“O futebol português atravessa problemas demasiado graves para continuar mergulhado neste silêncio. Na arbitragem e noutros dossiês, há decisões por esclarecer, e a verdade é simples: a FPF não resolve os problemas nem ouve a maioria dos clubes”, vincou, numa nota de imprensa enviada às redações.
O dirigente alegou que, nos momentos de crise, apenas quatro clubes se encontram em reuniões privadas, enquanto “a maior parte dos clubes permanece sistematicamente com a própria voz que os rege afastada das decisões”.
“Os antigos almoços dos quatro na Liga passam agora para a FPF. O que mais me preocupa é que, sempre que surge uma crise, repete-se o mesmo modus operandi: fala-se apenas com os mesmos quatro de sempre. O futebol português não pode continuar a ser gerido em reuniões privadas de um pequeno círculo conveniente de quatro”, sublinhou.
A menção a quatro clubes é um eco das críticas que dirigiu à arbitragem e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) em 31 de outubro de 2024, após o SC Braga – Vitória SC (2-1), para os quartos de final da Taça da Liga.
O responsável máximo dos vimaranenses disse então que o penálti na origem do 2-1, assinalado pelo árbitro Fábio Veríssimo após aconselhamento de João Pinheiro, no videoárbitro, foi “absolutamente escandaloso” e mencionou um almoço entre os presidentes do Sporting, Benfica, FC Porto e SC Braga na antecâmara da época 2024/25.
“Tudo começa na final da Supertaça (2024/25) no primeiro jogo da época, com um almoço entre os presidentes dos ditos quatro grandes, Sporting, Benfica, FC Porto e SC Braga”, disse, na altura.
À data, o presidente da LPFP era Pedro Proença, o agora líder da FPF, após ter sido eleito para o cargo em 14 de fevereiro de 2025.
