Na conferência de imprensa que encerrou os trabalhos, a hipótese da criação de uma Taça Ibérica, levantada por André Villas-Boas, presidente do FC Porto, foi um dos temas abordados.
"Organizar um torneio assim, com equipas de grande nível, é complicado devido ao calendário competitivo que existe. Mas não, não fechamos a porta", afirmou Javier Tebas.
"De ambos os presidentes e Ligas existe a vontade de ter competições que valorizem ambas as Ligas. Naturalmente, carece de calendário, de não sobrecarregar equipas que já têm competições europeias. Compromisso e vontade existem. Quando houver a oportunidade de acontecer, faremos acontecer. Tebas é muito pragmático e, quando se fala, é para se fazer e, quando não há condições para se fazer, não se faz. E eu revejo-me. Dizer coisas que depois não acontecem, não faz parte do nosso princípio", acrescentou Reinaldo Teixeira.
O presidente da Liga Portugal, de resto, destacou a "honra" e a "alegria" por ter recebido Javier Tebas, num dia em que assinala os oito meses em que assumiu funções.
"É a primeira de muitas reuniões que vamos fazer, tenho a certeza. Que sinta esta casa como a sua casa", disse o presidente da Liga Portugal. Javier Tebas sublinhou a "excelente" casa que o recebeu e destacou os desafios que o organismo enfrenta atualmente: "Portugal enfrenta uma dos capítulos mais importantes, que é a centralização dos direitos. É a única liga importante que não centralizou os direitos".
"Em Espanha, acompanhamos muito o campeonato português, por diversos motivos. Há grandes equipas em Portugal, há muitos jogadores portugueses em Espanha e jogadores espanhóis em Portugal. Há grandes clubes, além dos três grandes, e é com muita pena que vejo o que aconteceu com o Boavista e não ver clubes como o Marítimo na Liga", acrescentou o presidente da LaLiga.
Sobre a centralização dos direitos, Reinaldo Teixeira fez um ponto da situação.
"Primeiro, há que agradecer a partilha ao longo destes meses com todas as sedes desportivas. Diria que estamos no intervalo para depois marcarmos a assembleia, que acreditamos que vai acontecer com sucesso para todos. Como o presidente Tebas disse, e bem, não dá para entender como todas as ligas têm a centralização e a portuguesa não. Se isso não fosse bom, a maioria das ligas de referência não a teria. A nós, Liga Portugal, compete-nos prometer muito trabalho e dedicação em promover todas as competições e o produto que vamos, no fundo, vender, para que se consiga um valor superior e que todos ganhem mais ou pelo menos que ninguém perca e alguns ganhem muito mais", vincou.
