Os sócios do Benfica chumbaram este sábado, em Assembleia Geral ordinária, o relatório de gestão e as contas do exercício de 2024/2025.
Os sócios do Benfica chumbaram as contas do clube, com 63,49 por cento dos votos, na Assembleia Geral que decorre no Pavilhão n.º 2 da Luz. Apenas 36,51 por cento dos associados votou a favor das contas, num universo de 1.118 associados, num chumbo que não resulta em qualquer consequência para a atual direção, liderada por Rui Costa.
A Assembleia Geral para discussão e votação do Relatório e Contas da temporada 2024/25, recorde-se, foi suspensa devido a incidentes no interior do pavilhão, quando o antigo presidente e candidato às eleições Luís Filipe Vieira ia discursar.
O ex-presidente do Benfica, de resto, deixou o Pavilhão antes do anúncio dos resultados da votação das contas, e não vai marcar presença na segunda Assembleia Geral do dia, para discussão do regulamento eleitoral. A candidatura de Luís Filipe Vieira sugeriu, anteriormente, alterações ao presidente da Mesa da AG, e não obteve resposta, motivo pelo qual o candidato entendeu não fazer sentido marcar presença.
O Benfica teve um resultado positivo de 40,7 milhões de euros (ME), referente à época 2024/25, dos quais 27,5 ME são referentes ao clube e 13,2 ME "imputáveis aos interesses minoritários não controláveis", foi anunciado na sexta-feira, com o valor do resultado líquido consolidado a ser de mais 72,9 ME, em comparação com o período homólogo.
O resultado operacional (sem direitos de atletas) atingiu um valor positivo de 13,5 ME, uma melhoria de 40 ME face ao período homólogo, sendo o primeiro resultado operacional positivo desde 2018/19.
A melhoria do resultado operacional consolidado foi justificada pelo clube com o crescimento do resultado da atividade operacional sem direitos de atletas em 40 ME e pelas operações com os direitos de jogadores, que contribuíram para a evolução positiva do resultado em 33 ME.
As receitas apresentam valores recorde em várias linhas, designadamente rendimentos com direitos de televisão, que incluem o contrato da NOS, e os prémios associados à Liga dos Campeões e ao Mundial de Clubes, que atingiram os 148,4 ME.
As receitas associadas ao ‘matchday’, que inclui quotização, ‘corporate’ e bilhética, ascenderam a 62,8 ME e os rendimentos provenientes das atividades comerciais, alicerçadas principalmente nos patrocinadores e no ‘merchandising’, corresponderam a 72,8 ME.
O ativo ultrapassa agora os 568,1 ME, mais 6,3% face a 30 de junho de 2024, enquanto o passivo atinge os 533 ME, ou seja, um decréscimo de 1,2% face ao período homólogo.