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Rui Borges: "Ao sair do Vitória, deixei quatro milhões no clube, não percebo tanto ódio"

Rui Borges, treinador do Sporting, no relvado do D. Afonso Henriques
Rui Borges, treinador do Sporting, no relvado do D. Afonso HenriquesMiguel Lemos / Zuma Press / Profimedia
Rui Borges, treinador do Sporting, regressou esta sexta-feira a Guimarães, para defrontar a sua antiga equipa e, na sala de imprensa, após o empate (4-4), comentou a receção de que foi alvo, com assobios, insultos e tarjas dos adeptos minhotos.

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Análise à partida: “Foram 60 minutos bastante competentes, acima de tudo. Tivemos momentos mais pausados, outros muito bons. Fomos muito equilibrados. Depois, sim, perdemos o equilíbrio e o controlo emocional. Em termos físicos, também senti a equipa muito reativa e lenta nas abordagens. Deixámos o Vitória acreditar, e o ambiente ajudou o Vitória nesse sentido. Acabámos penalizados. Houve mérito da equipa em acreditar nos últimos minutos. Uma equipa que quer ser primeira não pode estar a vencer 3-1 e deixar ‘virar’ para 4-3, seja contra quem for, independentemente do valor que o Vitória tem."

Perdeu dois pontos ou ganhou um? "Perdemos dois pontos. Nesta casa, só queremos ganhar e fazemos tudo para ganhar. É impossível dizer que vamos contentes com um ponto. O Vitória teve mérito na forma como cresceu, mas fomos muito passivos. Faltou-nos intensidade. Gosto da equipa mais intensa e competitiva. Temos de trabalhar. Isso leva tempo, mas temos pouco tempo para o fazer porque temos jogo sobre jogo. A equipa tem hábitos diferentes. Temos de aprender, mesmo eu enquanto treinador. Faz parte do crescimento de todos. Temos de seguir o nosso caminho nunca desconfiando, nem nós, nem jogadores, nem adeptos."

Chateado com os jogadores? "Fomos passivos, mas não estou chateado com os jogadores, longe disso, têm sido fantásticos naquilo que tem sido a adaptação. Não podemos ser tão passivos, é isso que têm de entender. Segue-se o FC Porto, com mais um jogo competitivo que vale uma final, e temos de estar preparados. Não eram os ‘melhores do mundo’ com o Benfica na semana passada e agora não são os piores."

Escolha dos extremos: "Tanto o Geny como o Quenda são importantes para a agressividade ofensiva da equipa. O Geny Ainda estão a tentar entender comportamentos. Não temos tido tempo para treinar e o crescimento leva tempo. Vão melhorar, vão ser melhores e consistentes. Do outro lado estava uma grande equipa."

Receção dos adeptos do Vitória: "Foi um pouco estranha. Não a percebo, mas é para o lado que ‘durmo melhor’. Jamais disse ao presidente que queria sair. Quando fui abordado, nunca pedi para sair do Vitória. Ao sair do Vitória, deixei quatro milhões no clube. Não percebo tanto ódio. É a vida. Sinto um carinho grande pelo Vitória, por toda a gente que trabalha no Vitória, pelos adeptos, que são diferenciados, e vou ter orgulho de ter passado pelo clube para sempre”.

A tarja da claque do Vitória SC para Rui Borges
A tarja da claque do Vitória SC para Rui BorgesČTK / imago sportfotodienst / SmileShutter8/AvantSports

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