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Rui Borges: "O mérito é dos jogadores, que se agarraram à ideia"

Atualizado
Rui Borges estreou-se pelo Sporting
Rui Borges estreou-se pelo SportingLUSA
Leia abaixo as declarações do treinador do Sporting, Rui Borges, após a vitória com o Benfica (1-0), no Clássico de Lisboa, da 16.ª jornada da Liga Portugal.

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Análise: "A primeira parte foi de inspiração e atitude, enquanto a segunda parte teve mais enfoque na atitude. Na primeira parte estivemos muito bem, com boa qualidade de jogo, coesos e sem dar oportunidades ao Benfica. Poderíamos ter feito mais do que um golo, pois tivemos várias ocasiões claras de golo. Na segunda parte não entrámos tão bem e deixámos o Benfica crescer. Foi uma segunda parte mais competitiva, mais de atitude. Fomos perdendo a nível físico, mas nos últimos minutos ainda poderíamos ter decidido o jogo. Estamos felizes com a atitude dos jogadores, que se agarraram ao resultado e saímos com uma vitória justa".

Estreia: "O mérito é deles, não do treinador. Eles é que nos fazem treinadores. Tiveram a capacidade de ouvir. Disse-lhes que íamos falhar muito, mas que tínhamos de sofrer uns pelos outros. Todos têm muita qualidade e, a seu tempo, vão mostrar isso. O mérito é dos jogadores, que se agarraram à ideia e conseguiram demonstrar em campo coisas que trabalhámos em apenas três dias. Foi fabuloso. Uma palavra de apreço aos adeptos: o ambiente foi fantástico e é esse espírito que queremos manter".

Sistema tático: "Procurei ser fiel ao que somos enquanto equipa técnica. Foi apenas uma questão de ler o jogo e perceber algumas nuances. Atacámos de forma um pouco diferente do habitual, mas o sistema é apenas um ponto de partida. Dentro dele há muitas variações. Vamos melhorar cada vez mais, eles vão acreditar, porque têm muita qualidade".

Liderança: "Vou continuar a ser como fui até agora. São três pontos e estamos na liderança, mas temos de nos focar em continuar a ganhar. Foi apenas uma vitória, e na sexta-feira teremos um jogo muito difícil, mais difícil do que este, frente ao Vitória SC, em casa deles. Não tenho dúvidas disso".

Justiça do resultado: "Foi justo. Pela nossa capacidade de ser melhores na primeira parte e pela atitude correta que tivemos no segundo tempo. No cômputo geral, fomos claramente os justos vencedores".

Discurso direto da conferência de imprensa: 

"Nos três dias em que trabalhámos, os jogadores mostraram abertura para mudar. Senti-os tranquilos e com vontade de mudar. Não fiz milagres, o mérito é todo dos jogadores, que se agarraram a pequenas coisas. Também disse que não íamos estar 90 minutos em cima do Benfica e que, quando não estivéssemos, que fôssemos uma verdadeira equipa.

Senti-me muito feliz. É o concretizar de um objetivo com que sonhávamos há oito anos, quando comecei no Mirandela. Não podia estar mais feliz depois da vitória. Com a nossa simplicidade e maneira de estar e de ser, tentámos que eles acreditassem nas poucas coisas que perspetivámos para o jogo. Estavam prontos e capazes de ouvir e aceitar. Logo por aí, era um bom prenúncio.

A primeira parte foi de inspiração e de atitude, e a segunda foi mais de atitude do que de inspiração, o que é normal. A equipa caiu a nível físico, mas agarrou-se enquanto equipa. A energia de fora para dentro foi fantástica durante os 90 minutos e saímos justos vencedores.

Vale o mesmo, independentemente do adversário. É lógico que estes jogos são diferentes e que os jogadores estão motivados de outra forma. Não precisava de os motivar, mas sim de os libertar, para que não desconfiassem.

No início da segunda parte, desconfiámos um bocadinho e fomos perdendo algumas bolas. Mesmo mal organizados, senti a equipa ligada e a querer pressionar alto, pois a vontade era tanta. A atitude deles foi fantástica. Não podem duvidar deles, são campeões nacionais".

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