Rui Borges recorda admiração por Mourinho e pede: "Que consigamos ser a equipa que temos sido"

Rui Borges, treinador do Sporting
Rui Borges, treinador do SportingMANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Rui Borges, treinador do Sporting, fez esta quinta-feira a antevisão ao dérbi diante do Benfica, da 13.ª jornada da Liga Portugal, agendado para sexta-feira, às 20:15, no Estádio da Luz.

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Dérbi com o Benfica e equipa técnica preparada: "Acredito que sim, estou preparado, por isso é que estou aqui e viram que estávamos preparados enquanto equipa técnica, mas estou longe do auge, há sempre um crescimento diário. Se é a melhor altura? É o que é. Não me foco muito nessas nuances. Olho para o caminho, que tem sido positivo, gradual na confiança e qualidade de jogo, que tem vindo a crescer. O jogo é nesta fase, vale três pontos como qualquer jogo. A dificuldade é grande, o respeito é como em qualquer jogo e são duas grandes equipas, acredito que será um grande jogo".

Arbitragem e António Nobre nomeado: "Não vou falar de nomeações, nunca o fiz e não vou fazer. Perde-se demasiado tempo a falar nisso, devíamos falar mais do jogo e da paixão que o envolve do que tudo o resto".

Favoritos: "Digo o mesmo que disse com o FC Porto em casa, 50-50, talvez alguma mais para nós por jogarmos em casa e acabámos por perder. O Benfica tem um pequeno favoritismo nesse sentido, mas será um jogo repartido, de tripla. Que seja um grande jogo e que consigamos ser a equipa que temos sido".

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Cautelas: "Não vamos fugir à ideia de jogo, mas do outro lado está uma grande equipa que vai obrigar a que estejamos mais equilibrados. Não fugimos à nossa ideia e queremos ser uma equipa equilibrada. Será importante o processo ofensivo e o defensivo, perceber de que forma podemos anular os pontos fortes do adversário, o Benfica é uma equipa muito forte em transição. Quero que a minha equipa seja capaz de ser a melhor em todos os momentos do jogo. Acredito que sim, vejo a equipa ligada, quer jogar, crescer, dividir o jogo, ter prazer a jogar. Isso deixa-me tranquilo. Vamos ser iguais a nós próprios e quando não tivermos tanta bola é porque o adversário está a ser superior e temos de ser organizados".

Benfica de Mourinho: "Tenho o mesmo respeito pelo mister José Mourinho do que tinha pelo Bruno Lage. Olho para a equipa e o coletivo, a ideia de cada treinador. Acredito que o mister José Mourinho, que não foi ele que fez a equipa, adaptou-se um bocado aos jogadores que tem, acredito que queira pôr ideias dele depois do mercado, talvez, não sei, mas olho para o jogo como olhei para os outros - respeito pelo adversário e pelo treinador, que eu admiro muito. Amanhã é Sporting contra Benfica, independentemente dos treinadores".

Sporting melhor do que o Benfica: "Depende de quem olha e de que perspetiva. Se calhar o Benfica está no melhor momento, com três vitórias seguidas. Olho para a minha equipa, que está numa fase muito boa de maturação na ideia do que queremos. Acho que a equipa do Sporting está numa fase de crescimento, mas também acho que o Benfica está numa fase boa, independentemente do que disserem. Tivemos dificuldades com o Nacional como o Benfica teve. É um bom momento do Sporting, é certo, mas um bom momento do Benfica, uma equipa que não perdeu internamente, é difícil de bater em casa, pelo ambiente e qualidade. Será um Benfica que quer ganhar e disputar o jogo, tal como nós".

A forma recente do Sporting
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Jogo da Supertaça: "É diferente, foi há quatro meses, treinador diferente do outro lado, a nossa equipa está mais adulta, mais crescida, apesar de achar que fizemos um bom jogo na Supertaça, mesmo perdendo, mas estamos melhor enquanto equipa. Temos de o demonstrar em campo".

Benfica melhor do que na Supertaça: "Está numa fase boa e de maior confiança, independentemente da dificuldade de ganhar ao Nacional. A equipa do Benfica está melhor nessa fase de confiança, percebe a fase do campeonato, vai puxar pelos adeptos para o seu lado e vai fazer tudo para ganhar, não vai estar à espera num bloco médio. Vai ser um Benfica intenso, pressionante, tal como o Sporting".

Regresso de Pote e possível titularidade: "Ninguém tem entrada direta (para o onze), depende do que demonstram aos treinadores e se estão preparados para a exigência do jogo. O Sporting tem vindo a crescer em termos coletivos e isso deixa-me feliz porque, independentemente de quem joga, damos resposta e é sinal que a mensagem é recebida. Não podia pedir mais".

Calendário do Sporting
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Ioannidis: "Está em dúvida para o jogo, não sei se será convocado".

Consequências do dérbi no campeonato: "Não vai ditar nada do que será o fecho do campeonato. É um grande jogo, percebo porque dizem isso, mas não concordo porque falta muito campeonato para ser jogado. Estivemos oito pontos à frente na época passada e perdemos esses pontos. Muda tudo muito rápido, falta mais de uma volta para ser disputada e este resultado nada dita o desfecho do campeonato".

João Simões e Morita: "Ainda tenho de ver o que é que a almofada me diz hoje. O Simões está num grande momento, não jogou por opção do que era o adversário, está a fazer grandes jogos, o Morita tem crescido, o Gio tem crescido na adaptação à equipa e ao Sporting, vai ter o seu espaço e oportunidades de demonstrar o crescimento. Feliz por ver esse crescendo de forma".

Dificuldades em jogos grandes: "A dúvida são vocês que a criam, não é mais ninguém. Não vejo ninguém dizer que não perdi na época passada, só em penáltis na Taça da Liga. Isso não mexe comigo, honestamente. Já disse no jogo com o FC Porto que se perdesse os jogos todos com os grandes e fosse campeão nacional assinava por baixo. A equipa tem dado uma resposta muito boa. Fizemos bons jogos com o FC Porto e na Supertaça, os resultados foram inglórios. É seguir o nosso caminho, não olho para o passado porque no passado nem perdi nenhum. Essa dúvida que criam é mais de fora do que outra coisa".

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Melhorias: "Acho que em termos de variabilidade ofensiva é um Sporting totalmente diferente. Falavam muito do sistema, mas não se trata disso, trata de dar variabilidade ao nosso jogo. Vamos estar em processo ofensivo na maioria dos jogos, cada vez é mais difícil bater as equipas e o desafio era conseguir perceber que podíamos ser mais fortes nesse processo. Temos crescido noutros momentos, no processo de reação à perda, nos equilíbrios, porque em alguns momentos estamos mais expostos e temos de estar mais rigorosos e concentrados. O processo tem vindo a melhorar nesse sentido ao longo dos meses, mas frisava a variabilidade ofensiva".

Três pontos separam Sporting do FC Porto após derrota no Clássico: "Se os jogos diretos são mais importantes ou não? Honestamente, acho que não. O futebol é um jogo de consistência. Não me adianta ganhar jogos grandes e não ganhar os outros, não sou campeão de certeza absoluta. Acho que os jogos grandes não definem. Não acho que o fosso é cada vez maior, acho que as equipas estão em bons momentos e parece que o fosso é maior, mas não acredito que estes jogos definam os campeonatos. Queremos muito ganhar, mas não dita o desfecho do campeonato".