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Novo jogo com o Alverca: "É um jogo diferente, com mudanças de parte a parte. Dentro das caraterísticas individuais, têm uma dinâmica diferente, que acabaram por não ter neste jogo e terão no próximo, com uma referência na frente, médios diferentes, lateral direito diferente, guarda-redes diferente... Não estou a dizer que são melhores ou piores, mas dão coisas diferentes, por isso, será uma história diferente. No campeonato, talvez a motivação e o foco sejam diferentes, por isso, será um jogo diferente. Eles vão estar dentro do que nós temos e somos, com outros jogadores, com certeza. Acredito que será um jogo de dificuldade maior, não tenho dúvidas disso. Agora, acredito que a equipa que jogar amanhã entrará com a mesma energia do que a que jogou, na terça-feira. Estou super confiante na resposta que a equipa dará, amanhã."

Regresso ao onze-base: "O onze base... Todos eles já foram titulares, por isso, não sei o que isso será. Claro que este foi um jogo impróprio, com nem 48 horas de descanso. Tivemos de gerir de outra forma, mas, dentro do que é perspetivável da nossa parte, temos de ver que jogador dará mais resposta para entrar de início. Independentemente disso, a malta que tem entrado tem dado uma resposta fantástica, tem sido importante na continuidade da energia e da qualidade do caudal ofensivo. Dentro das escolhas, estou super tranquilo com quem jogar. É claro que vão haver muitas mudanças, não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que não. É impossível um ou outro jogador mais desgastado entrar numa fase inicial do jogo, mas acredito que acabará por ser também importante. Estou confiante com qualquer jogador que entre."
Ataque com Luis Suárez ou Ioannidis: "Tem sido mais o (Luis) Suárez, mas o Fotis (Ioannidis) também chegou mais tarde, no início das competições. Tem a sua adaptação à equipa e aos colegas, tem crescido imenso, caiu muito bem no grupo... O Luis tem dado resposta, o Fotis também, nos jogos dele, e é importante. Está super ligado e super feliz, no Sporting, e eu sinto isso, diariamente. É alguém que estava num habitat muito próprio, na sua casa. De repente, muda tudo, mas veio super motivado. Uma coisa é chegar e não ser logo solução inicial... Poderia cair algo da parte dele, mas não, vejo-o super feliz, sabe que está no seu crescimento, que terá as suas oportunidades, e o Luis sabe que tem alguém à perna, por muito que tenha sido o jogador com mais oportunidades para jogar de início. Os dois têm dado resposta. São jogadores diferentes. O Fotis dá mais profundidade, sente-se mais confiante no ataque à profundidade, de rodar sobre a referência, e o Luis dá-nos algum apoio e profundidade, tem melhorado nesse aspeto. São jogadores diferenciados, mas são grandes jogadores. Felizmente, temos os dois do nosso lado."
Regresso de Salvador Blopa à Academia: "O regresso foi para a equipa B, é o maior chamar à terra que poderia existir, é onde eles pertencem. É claro que estou a ser um bocadinho irónico, mas foi para a equipa B, ponto final. São jogadores que têm crescido imenso, ele tem um potencial enorme e terá um futuro risonho. Está no crescimento dele, tem conseguido percebê-lo e crescer no patamar de equipa B. Se calhar, não estava à espera de ser tão solução na equipa B, e, de repente, é titular e joga na equipa principal. Aconteceu tudo muito depressa, mas olho para o dia a dia dele e parece-me um miúdo muito equilibrado e focado. Estou tranquilo. Agora, é continuar a dar resposta no seu principal escalão, para ter mais oportunidades na equipa B. Agarrou a oportunidade, correspondeu à expetativa. Acredito que não pensava que ia jogar, mesmo que tivesse o sonho de entrar, mas correspondeu. Disse-lhe o mesmo que disse ao João Simões, na Liga dos Campeões: 'Estás cagado?'. E ele disse 'Não, estou bem, mister'. Por isso, é a maneira de os deixar mais tranquilos. O miúdo estava super tranquilo, correspondeu muito bem, tal como os outros. Agora, têm de sentir que a responsabilidade. Têm de chegar ali e continuar a dar resposta, que é para quem está lá, a sonhar com a oportunidade que eles tiveram, serem um exemplo. Isso é o melhor que podemos dizer. Disse ao miúdo que fez um bom jogo, mas, por experiência própria, temos de os chamar à Terra, tal como faço com o meu filho, quando me diz 'Pai, fiz isto e aquilo', e eu digo 'Não fizeste nada', para sentir que o chegar ao topo custa muito. Têm trabalhado muito e mereceram a oportunidade."

Sentar à mesa com o presidente para mercado de janeiro: "Sentei-me à mesa para comer, como bom transmontano. Como bom transmontano, gosto de comer. É algo que não me passa pela cabeça (mercado de janeiro). A melhor resposta para essa pergunta é o jogo de terça-feira. Os miúdos estão aí para ajudar e dar resposta, e não é por acaso que o Sporting, se não for o melhor, é dos três melhores clubes do mundo na sua formação. Temos, cada vez mais, de ter essa capacidade de continuar, porque só assim é que os clubes em Portugal vão conseguir crescer, tirando a parte das SAD. Temos de tentar sustentar-nos com alguma formação, e, na terça-feira, eles deram essa resposta. Estão ali para ajudar e dar resposta, mais do que pensar no mercado de janeiro. Sendo sincero, nem sequer pensei nisso."
Adaptação dos jovens na equipa principal: "O contexto foi favorável, é importante os miúdos, quando jogam, estarem sustentados por jogadores maduros, que já estão cá há algum tempo e dão essa resposta, para que eles consigam dar uma resposta igual. Apesar de tudo, temos uma equipa com Morita ou Kochorashvili, que são jogadores internacionais. Mesmo o Quenda, é um miúdo, mas é um miúdo maduro, com quase 60 jogos na época passada com a equipa principal. Os miúdos estavam numa bolha, rodeado com jogadores de maturidade e estatuto nacional e internacional. Foi importante. A formação é algo que vem de trás. Eu estou cá há pouco tempo e vou procurando entender da melhor maneira como se trabalha na formação. Às vezes, é difícil perceber tudo, mas tem dado os seus frutos. Com isto, não estou a dizer que vão sair daqui dez Cristianos Ronaldos, temos de perceber que nem sempre vamos ter fornadas boas. Temos é de detetar os jogadores que têm essa capacidade e conseguir desenvolvê-los o mais rapidamente possível para a exigência da equipa principal. É bom a equipa B estar a competir num contexto de maior dificuldade, com essa resposta. Eles vão passando por etapas que os vão fazendo crescer. Antes, passava-se diretamente dos juniores para a equipa principal, e de certeza que morreram muitos grandes jogadores, centenas deles, porque a dificuldade era enorme, mesmo numa equipa grande. Hoje em dia, não, temos os juniores, os sub-23, a equipa B... Isto deixa-os mais preparado para a exigência de homens. Todo este crescer do futebol valoriza os miúdos. Depois, os clubes têm de ter essa coragem, juntamente com os treinadores, e não estou a dizer que sou corajoso nem nada disso. Felizmente, eles corresponderam, se não, estavam todos a dizer que o treinador era maluco, porque tinha metido os miúdos. Mas ganhámos e temos de continuar assim. Os miúdos tiveram a oportunidade porque mereceram."

Gestão da equipa e azia dos menos utilizados: "Azia vai haver sempre. Desde que não seja de uma forma negativa, faz parte. Quem não sente, não é filho de boa gente. Agora, têm de transportar essa azia, essa raiva de não jogar de início, para que, quando jogam, coloquem o treinador a pensar de forma diferente, porque, se levarem essa azia para a parte negativa, não vão corresponder, e, a seguir, já nem entram, porque não corresponderam ao que era pedido. Tenho a sorte de ter um grupo onde todos eles reconhecem a qualidade entre eles. Não há o ego de dizer 'Eu é que sou, sou melhor, vou resolver...'. Em grandes clubes, existem sempre jogadores diferenciados. O próprio estatuto existe, e não se foge a isso, pelo que é difícil para os treinadores... Eu não tive essa luta, ainda. Eles respeitam-se muito uns aos outros e reconhecem qualidades uns aos outros. Acima de tudo, respeitam-se mutuamente, e isso é importante, ajuda-me muito a controlar as azias. Como se respeitam muito uns aos outros, ajuda-me a pensar 'OK, por muito que queiram jogar, percebem que o colega está melhor ou faz mais sentido'. Por muito que haja azia, nunca é uma azia negativa, e talvez seja esse o porquê de terem dado aquela resposta, na terça-feira. O Kochorashvili já fez jogos a titular, o Morita foi quase sempre titular, o (Eduardo) Quaresma e o Vagiannidis igual... Podem ter menos minutos, mas têm jogos, e percebem que é importante dar uma resposta. O treinador, por mais que custe, tem de perceber a rotação de um outro jogador, mas eles percebem que é importante para o grupo, porque ninguém está à espera de ser titularíssimo. Isso não existe, porque olham para os colegas... Espero que a equipa que entre amanhã esteja ligada, porque a malta que jogou na terça-feira deu uma resposta enorme, não podem ficar abaixo daquilo, não ao nível do resultado, mas da capacidade de dar resposta em jogo. Deixa-os todos ligados, sabem que, a qualquer momento, podem jogar. O Simões é um bom exemplo. O mister mudou em Nápoles, e, ao início, se calhar, diziam 'Que é isto? Ele vai rodar jogadores em Nápoles?'. De repente, o (João) Simões faz um jogaço do caraças, no jogo seguinte o mister não o mete e dizem 'O Simões tem de ser titular'. O adepto é bonito nisso. De repente, passa de maluco a maluco ao contrário. Eu sou muito equilibrado, e percebo que, quando há essa rotatividade, um jogador sente mais do que outro essa azia, mas vão percebendo que a equipa dá resposta, e pensam 'Alto, a equipa dá resposta, tenho de dar à perna'. Isso, para mim, é importante."
Rayan Lucas: "A resposta tem sido fantástica, treina connosco todos os dias e baixa para jogar na equipa B. É um miúdo internacional brasileiro sub-20, num país com milhares de jogadores, o que dita a qualidade dele. Pessoalmente, na minha abordagem, acho que é um miúdo que tem condições muito boas para ser um grande jogador. Aos poucos, tem melhorado. É um miúdo que, quando conseguir adaptar-se à exigência e à forma de jogar da Europa, tem um potencial enorme, porque tem capacidade técnica, física, atlética... É um jogador que, no futuro, poderá ser muito bom. Acredito que o futuro poderá passar pelo Sporting, porque tem tido esse crescimento e dado essa resposta, independentemente de não estar a ser um jogador de equipa A em jogo. Ele é um bom menino, chamo-lhe 'brasileiro malandro', mas é muito humilde, gosta de ouvir, aceita, respeita os colegas, e isso é bom. Ele percebe que, aos poucos, vai melhorar, e a adaptação vai ser cada vez melhor. Já lhe disse que, se tiver a capacidade de adaptar-se a pequenas coisas a que lhe vamos chamando a atenção, para que melhore, vai ter um potencial enorme para ser um grande jogador."
 
    