Recorde as incidências da partida
O Conselho de Disciplina aplicou um jogo de suspensão a Samu, após o vermelho direto, por palavras proferidas na direção do árbitro da partida com o Gil Vicente, Fábio Veríssimo.
De acordo com o revelado no mapa de castigos do Conselho de Disciplina, esta quinta-feira, o avançado do FC Porto foi sancionado por "injúrias e ofensas à reputação" do árbitro, tendo dito: "Vieste aqui para nos f...".
A frase consta do relatório do árbitro Fábio Veríssimo, que mereceu um esclarecimento prévio, como possibilitam os regulamentos, por parte do jogador.
"O relatório não está correto. Contrariamente ao que consta no Relatório do Árbitro, o que foi dito pelo atleta Samu Aghehowa, após o final do jogo, foi: "Parece que nos quieren mal, jod...!". Dada a similitude fonética com a palavra "f..." é compreensível que o árbitro tenha julgado que tivesse sido esta a palavra dita, mas efetivamente não foi", foi explicado.
"O atleta está apenas há poucos meses em Portugal e, como tal, ainda fala maioritariamente em espanhol e utiliza expressões nesse idioma, que lhe saem naturalmente. A frase proferida não tem qualquer conotação injuriosa. Como é do conhecimento público, a palavra "jod..." na língua e cultura espanholas pode ter um conjunto variado de significados, dependendo de vários factores, tais como as circunstâncias e o tom em que foi proferida. Em muitas situações do dia-a-dia, "jod..." é usado simplesmente como uma interjeição para expressar irritação ou frustração e não tem, como tal, qualquer conotação ofensiva. Trata-se simplesmente de uma expressão de desabafo. Foi precisamente esse o sentido da frase proferida pelo atleta, culminada com a expressão "jod...!", pode ainda ler-se.
A explicação para o castigo:
"(O arguido foi notificado dos relatórios oficiais do jogo no dia 21.01.25. O arguido apresentou alegações no dia 22.01.25, referindo o seguinte, "O relatório não está correcto. Contrariamente ao que consta no Relatório do Árbitro, o que foi dito pelo atleta Samu Aghehowa, após o final do jogo, foi: "Parece que nos quieren mal, joder!".
Dada a similitude fonética com a palavra "foder" é compreensível que o árbitro tenha julgado que tivesse sido esta a palavra dita, mas efetivamente não foi. Aliás, o Atleta está apenas há poucos meses em Portugal e, como tal, ainda fala maioritariamente em Espanhol e utiliza expressões nesse idioma, que lhe saem naturalmente. A frase proferida não tem qualquer conotação injuriosa. Como é do conhecimento público, a palavra "joder" na língua e cultura Espanholas pode ter um conjunto variado de significados, dependendo de vários factores, tais como as circunstâncias e o tom em que foi proferida.
Em muitas situações do dia-a-dia, "joder" é usado simplesmente como uma interjeição para expressar irritação ou frustração e não tem, como tal, qualquer conotação ofensiva. Trata-se simplesmente de uma expressão de desabafo. Foi precisamente esse o sentido da frase proferida pelo Atleta, culminada com a expressão "joder!".
Como foi notório, a equipa teve um jogo muito negativo e o jogador a nível pessoal teve também uma prestação que o mesmo considerou como frustrante. Aliás, como é sabido, a equipa tem estado sob bastante pressão pública e mediática e, na sequência desse jogo, existiram inclusivamente uma série de alterações estruturais ao nível técnico no clube.
O Atleta proferiu a expressão "Parece que nos quieren mal, joder!" em tom de desabafo (e não de confrontação) perante a frustração que o assolou assim que o árbitro deu o jogo por terminado. Pelo que, não existiu por parte do Atleta Samu qualquer conduta ofensiva, injuriosa ou grosseira.». Analisada a defesa apresentada, e uma vez que da mesma não resulta a negação da interação do atleta com o árbitro, não tendo sido junta qualquer prova, este Conselho de Disciplina - Secção Profissional entende que não se vislumbra indiciado qualquer abalo à credibilidade probatória reforçada de que gozam aqueles relatórios oficiais, pelo que se confirma a factualidade descrita nos relatórios, com as consequências disciplinares previstas no RDLPFP.)"
