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Sem ámina não há niki: Rio Ave empata com Nacional

Clayton marcou pelo Rio Ave
Clayton marcou pelo Rio AveManuel Fernando Araújo/LUSA
Na primeira amostra oficial do Rio Ave versão 2025/26, o conjunto de Vila do Conde mostrou debilidades defensivas que não lhe permitiram somar a vitória. Clayton abriu o ativo (13’) para os homens de Sotirios Silaidopoulos que ficaram em vantagem numérica por expulsão de Ulisses, mas permitiram o empate ao Nacional num belo golo de Chuchu Ramírez (83’)

Reveja aqui as principais incidências da partida

Era a grande incógnita da Liga Portugal 2025/26. O Rio Ave foi a última das 18 equipas a estrear-se na mais recente edição do campeonato nacional, depois de ter visto o embate com o Benfica adiado devido aos compromissos europeus das águias. Pela frente estava o Nacional de Tiago Margarido que desiludiu na ronda inaugural ao perder com o Gil Vicente.

Rio Ave num 3x4x3
Rio Ave num 3x4x3Opta by Stats Perform, Manuel Fernando Araújo/LUSA

E os adeptos terão ficado agradados com o que viram na primeira parte. Com a equipa montada num 3x4x3, apostada na velocidade pelos flancos, o Rio Ave chegou ao golo logo aos 13 minutos, quando André Luiz apareceu na direita e serviu Clayton (13’).  Dois nomes fortes da época passada a mostrarem que continuam a boa forma.

O Nacional continuou a mostrar muitas debilidades defensivas e só não sofreu mais porque Lucas França foi gigante na baliza insular. Defendeu a tentativa de André Luiz, segurou o livre de Ole Pohlman e manteve o conjunto madeirense num jogo em que nada parecia correr bem. Ainda antes do intervalo Ulisses foi expulso com dois amarelos no espaço de três minutos, sendo que a segunda admoestação era perfeitamente evitável.

Os números ao intervalo
Os números ao intervaloOpta by Stats Perform

Na segunda parte, o Rio Ave mostrou uma faceta menos positiva, perante um Nacional organizado com menos um e mais sólido. Numa equipa com tanta influência grega, parece que a palavra ámina, ou defesa, não entrou bem no vocabulário e os vila-condenses permitiram ao adversário ganhar esperança e espreitar o golo, sobretudo através dos livres de Lizieiro (Léo Santos acertou no poste).

E sem ámina, o Rio Ave viu a niki (vitória no dicionário helénico) fugir. Numa perda de bola de Bakoulas – muito criticada pelos vila-condenses – Chuchu Ramírez recebeu à entrada da área, trabalhou bem e disparou para o fundo das redes de Miszta. Um balde de água fria numa tarde quente nos Arcos.

Um ponto para cada equipa, o primeiro da atual campanha, e muitos problemas defensivos para os dois lados resolverem, num jogo que os adeptos agradecem (as oportunidades foram várias) e os treinadores detestam.

Homem do jogo Flashscore: Lucas França (Nacional)

Os números finais da partida
Os números finais da partidaOpta by Stats Perform