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Sporting proporcionou dia especial aos jovens do Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos

João Simões, Harder e Quenda com os jovens do CASLAS - Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos
João Simões, Harder e Quenda com os jovens do CASLAS - Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos SantosSporting CP
A caminho da nova temporada, há sempre tempo para jogar fora das quatro linhas, e foi isso mesmo que três jovens leões fizeram na última quinta-feira, no Algarve. Geovany Quenda, Conrad Harder e João Simões trocaram os treinos pelo microfone e entregaram-se ao entusiasmo contagiante de uma plateia muito especial.

A Fundação Sporting promoveu uma iniciativa especial com a CASLAS - Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos, de Lagos, que levou os seus jovens até à unidade hoteleira onde o Sporting está instalado, para uma tarde de partilhas, descobertas e, claro, muitas perguntas.

E que perguntas. Os jovens revelaram-se atentos, informados e cheios de curiosidade.

"Como te sentiste a jogar contra o Manchester City?", lançou um deles ao novo número 7 verde e branco. A resposta de Geovany Quenda foi simples e sentida. "É um jogo que nenhum sportinguista vai esquecer facilmente, foi muito importante para nós naquela época. Senti-me bem e confiante", atirou.

A festa do bicampeonato também foi tema. "Ser bicampeão foi uma sensação incrível. Não esperava a loucura que foi... e partilhá-la com todos os meus colegas foi espectacular. Espero vivê-la novamente", confessou Harder, com João Simões a falar de "dever cumprido".

"Sabíamos o que queríamos desde o início e conseguimos. Aproveitámos muito, porque merecíamos, depois de tudo o que passámos nesta época", completou o camisola 52.

Também houve, claro, espaço para curiosidades do dia-a-dia. "Depois do treino faço um banho de gelo, para as pernas recuperarem. Depois almoço, vou para casa, faço uma sesta e passo tempo com a minha família, com a minha namorada quando está cá... ou com o Zeno (Debast)", contou o avançado dinamarquês, arrancando sorrisos.

Já João Simões falou sobre o orgulho de ter crescido na Academia Cristiano Ronaldo. "Era muito bom. Vivi com mais de 50 atletas do Sporting, todos com o mesmo sonho de chegar à equipa principal, e nós somos uns sortudos por termos chegado aqui. Sentíamo-nos uma família. Foi uma fase que vou guardar para o resto da minha vida", contou. O início desse caminho no futebol também ficou na memória.

João Simões e Conrad Harder
João Simões e Conrad HarderSporting CP

"Comecei a jogar por influência do meu irmão mais velho. Tinha três anos. Joguei no Silves, aqui muito perto, depois no Portimonense e, mais tarde, vim para o Sporting. Foi tudo por causa do meu pai e especialmente do meu irmão, e graças a Deus está a correr bem. Estou a seguir o meu sonho”, completou.

Muito requisitado pelos pequenos leões, João Simões também falou sobre a emoção de marcar no Estádio José Alvalade. "Foi um sonho. Não há palavras para descrever. O Quenda até me deu uma dura por ter chorado (risos), mas foi um sentimento muito bom. Fiquei mesmo feliz", partilhou, referindo-se ao tento apontado ao Nacional.

Já Geovany Quenda recordou a estreia na equipa principal com uma ponta de orgulho... e outra de frustração. "Foi um orgulho enorme ver o meu trabalho reconhecido, mas não foi um bom jogo para mim porque perdemos. E foi numa final", disse, sobre a Supertaça Cândido Oliveira da última temporada.

Questionado sobre o golo que apontou noutra final, a da recente Taça de Portugal, Conrad Harder não teve dúvidas. "Foi incrível. Marcar numa final era algo com que sonhava desde que cheguei. Ajudar a equipa e conquistar o troféu foi especial", disse. Por isso mesmo, quando desafiado a escolher o melhor golo da carreira, respondeu sem hesitar: "Foi esse na final da Taça. Tem de ser o melhor".

Geovany Quenda respondeu às perguntas
Geovany Quenda respondeu às perguntasSporting CP

Também se falou de balneário, com Franco Israel em destaque nas escolhas musicais, de ídolos e de rivalidades saudáveis.

"Os melhores jogadores que já enfrentei? Talvez o Maxi Araújo ou o Matheus Reis, porque estou sempre a enfrentá-los nos treinos", brincou Quenda. E questionado sobre os duelos com Ricardo Esgaio, atirou com humor: "O Esgaio é cota, temos de ter respeito (risos). Por isso não vos posso responder!".

Antes do adeus, houve tempo para a fotografia de família, mais umas palavras trocadas e os inevitáveis autógrafos. Inesquecível foi o brilho no olhar de quem viveu um momento único - de ambos os lados.

No final, João Simões sublinhou a importância da iniciativa. "É muito bom ter os mais novos aqui, porque lembro-me bem de mim nesta idade, com curiosidade para saber o que os nossos ídolos fazem no dia-a-dia. Foi uma iniciativa fantástica. Nós também aprendemos com eles. Vemos como é ser criança e como ficam felizes com uma simples reacção nossa", começou por dizer aos meios do clube.

"Dá para quebrar um bocadinho aquela rotina do treinar, descansar, treinar... E temos a oportunidade de fazer uma boa acção. Mesmo pequena, é o mínimo que podemos fazer por quem nos apoia", afirmou ainda o jovem médio.

Os jovens do CASLAS - Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos
Os jovens do CASLAS - Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos SantosSporting CP