Tiago Gouveia e a saída do Benfica: "Talvez pudesse ter mais minutos com Mourinho do que teria com Bruno Lage"

Tiago Gouveia, extremo português do Nice
Tiago Gouveia, extremo português do NiceČTK / imago sportfotodienst / Bernardo Benjamim

Tiago Gouveia, extremo português de 24 anos, trocou o Benfica pelo Nice, no verão, por empréstimo, com opção de compra de 8 milhões de euros. Com 14 jogos até agora no emblema francês, o atacante assumiu, em entrevista à "Sport TV", que poderia ter mais minutos na Luz, agora, com José Mourinho como treinador.

"Se teria ou não tomado a mesma decisão... Eu sou de origem um extremo vertical e o míster José Mourinho parece gostar de extremos mais verticais. Lukebakio tinha bastante tempo de jogo antes da lesão, o próprio Rodrigo Rêgo é um extremo com o qual até me identifico um pouco na forma de jogar, tem algumas parecenças comigo e foi um jogador em que o míster apostou", afirmou Tiago Gouveia em entrevista à Sport TV.

"O Ivan Lima também é um extremo vertical, ou seja, olhando para as características dos jogadores que o míster tem utilizado naquela posição e olhando para as minhas próprias características talvez pudesse ter mais minutos do que teria com o míster Bruno Lage", explicou o extremo de 24 anos que, apesar dos 14 jogos no Nice, vê a equipa no 13.º lugar da Ligue 1 e já afastada da Liga Europa, com 0 pontos.

Os números de Tiago Gouveia
Os números de Tiago GouveiaFlashscore

Depois da derrota (0-2) no terreno do Lens, a nona consecutiva do Nice em todas as competições, os adeptos fizeram uma receção à equipa e os insultos subiram de tom à entrada do centro de treinos.

"A situação foi um pouco dura porque ninguém estava à espera. Fomos avisados quando chegámos ao aeroporto que eles estariam aqui à nossa espera. Avisaram-nos que estavam 100 ou 200 aqui, penso que eram mais, e à medida que o tempo foi passando o cenário mudou um pouco, Obrigaram-nos a sair do autocarro e a passar entre eles porque bloquearam a entrada do centro de treinos", recordou Tiago Gouveia, assumindo que foram ultrapassados os limites.

"Tivemos de sair do autocarro e entrar a pé no centro de treinos, passando no meio deles. E aí praticamente fomos um a um, nem fomos em grupo. Eu andei, nem olhei para trás, fui sempre em frente. Fui um pouco insultado, acho que eles aí descontrolaram-se, passaram dos limites, mas é passado. É claro que isso fica marcado, fica sempre uma cicatriz no grupo, mas temos o nosso trabalho a fazer. Estamos confiantes e isso é o mais importante", concluiu.