Recorde as incidências da partida
Tozé Marreco (treinador do Farense):
“A frustração é enorme, porque temos novamente, aos cinco minutos de jogo, uma bola na pequena área na primeira oportunidade para fazer golo, e não fazemos.
Foi um jogo dividido (na primeira parte). Não sabíamos bem o que íamos encontrar do outro lado para conseguir ajustar. Uma bola de um remate exterior que desvia no Tomás (Ribeiro) é a única aproximação do Boavista à nossa baliza, até ao golo.
Entrámos bem na segunda parte, a querer chegar à baliza. Temos mais quatro ou cinco cantos, 10 ou 12 remates, uma bola no poste, outras que andam ali próximas da linha de golo, e não conseguimos fazer. Nem sempre a jogar bem, com muito coração, mas é inexplicável. Nestes jogos, com adversários diretos, é absolutamente frustrante não conseguir fazer um golo aqui no São Luís, por tudo o que fazemos.
E depois, sermos absolutamente penalizados com as aproximações do adversário à nossa baliza, que neste caso deram um golo de um lançamento lateral.
Quando não ganhamos os nossos jogos, é sempre difícil estar a olhar para o que os outros estão a fazer. Temos de fazer primeiro os nossos pontos e é inexplicável que não consigamos nestes jogos em casa fazer golos.
Com o campeonato que estamos a fazer fora de casa, e com resultados minimamente condizentes em casa, estávamos noutra situação.
Não encontro uma explicação lógica. Volto a repetir, nem sempre a jogar bem, mas a fazer mais do que suficiente para chegarmos aqui ao quinto jogo seguido e não conseguirmos marcar, com 50 remates e sete ou oito ocasiões claras de golo. É surreal não haver pelo menos um golo”.
Stuart Baxter (treinador do Boavista):
“Estou no futebol há muito tempo e não acredito que haja segredos. O que sei é que encontrei jogadores com baixos níveis de confiança e que precisavam de uma razão para acreditar que podiam ganhar este jogo. Falei com eles sobre duas ou três coisas, não 20, que nos podiam ajudar.
Estou orgulhoso pela forma como jogámos na primeira parte. Porque jogar aquele tipo de futebol com uma faça ao pescoço (sob pressão) não é fácil.
Na segunda parte, o Farense jogou com muita intensidade e obrigou-nos a defender. Fico satisfeito pela forma como defendemos tão bem. Acho que o segredo esteve nos jogadores, no facto de eles terem ouvido e aceitado o que eu disse, que lhes deu algo para acreditar.
Eu disse-lhes que íamos ter cinco finais. Ganhámos uma e temos outra a seguir. Não podemos ter um dia em que não estejamos super concentrados. Esse vai ser o mantra, quero que continuem a ser cada vez melhores.
Os jogadores estão aliviados e felizes. A viagem de regresso vai ser muito melhor. E estou a ver muitos sorrisos, o que é bom, pois já não acontecia há algum tempo”.