Recorde aqui as incidências do encontro
Análise: "Faltou-nos equilíbrio emocional e maturidade que já nos custou pontos noutros jogos, com o Santa Clara levamos um ponto depois de uma expulsão a acabar na primeira parte, faltou-nos equilíbrio emocional. É uma tecla em que bato muito, porque o ter que ganhar leva a este tipo de coisas (agressão de Baldé), no minuto 40 ficamos com menos um jogador, prejudicou-nos claramente. Notou-se essa ansiedade, que é normal, e isto, à medida que os jogos passam, é preciso personalidade porque a bola começa a saltar mais, a receção fica mais difícil... Começamos a tremer um pouco, mas é aí que percebemos a questão do carácter e personalidade que precisámos e não tivemos nesse ato irrefletido que nos custou muito. E depois há a questão da finalização, em que a tensão nos tirou discernimento, criámos muitas situações, nem sempre de uma forma limpa, mas tivemos várias situações".
Golo do Nacional após substituições: "É o futebol, agora o treinador fica associado a mexer e sofrer golos, hoje é um mau treinador e é, efetivamente, o segundo pior treinador porque somos a segunda pior equipa da Liga. Há muita coisa por fazer e por mudar, há que haver mais responsabilidade, eu vivo horas em demasia para isto, mas precisamos que toda a gente seja responsável. Está fácil, o mercado está muito aberto, acabei de lhes dizer... Está fácil para se fazer contratos, já passei essa mensagem para dentro".
Aumento de pressão: "Vai aumentar, isto é para jogadores com personalidade e sem medos, a baliza vai ficar mais pequena. A questão da ansiedade vai refletir-se nestes momentos, é para gente que seja capaz de assumir e que tenha consciência do clube que representamos. Já estive em alguns, estamos a representar um clube como não há muitos em Portugal, com o peso, a história e o número de adeptos como se viu aqui".
Adeptos: "Eu sou responsável por tudo, ainda agora disse ao presidente que eu assumo os erros dos meus jogadores porque é assim que tem que ser, sou eu que escolho o onze e as substituições. No ato irrefletido do Baldé eu tenho que o assumir porque fui eu que o escolhi, não escolhi o plantel, nem comecei a época, mas a responsabilidade é toda minha, digo isto desde o primeiro dia. Disse ao presidente que o meu lugar está sempre à disposição para alterações porque eu sou responsável de tudo, independentemente do que encontrei quando cheguei. É a minha forma de estar, a responsabilidade que assumo, porque apesar disso a minha consciência tem que estar tranquila. É a minha forma de estar no futebol. Cabe-me a mim chamar a atenção dos jogadores, acabei de o fazer, mas eu sou o principal responsável e se o presidente assim o entender... é um homem que tem tido um desgaste imenso. Se ele entender, sou o primeiro a fazer as minhas malas e ir para Coimbra".