Reveja aqui as principais incidências da partida
Por toda a atmosfera que envolve, o Vitória SC é um clube diferente no ecossistema do futebol português. A massa adepta é fervorosa e exigente, jogar no D. Afonso Henriques pode ser verdadeiramente especial, mas também uma pressão imensa, capaz de esmagar até mesmo os mais confiantes.
Depois de ter falhado as provas europeias, o Vitória SC não teve o início de época esperado. Uma vitória arrancada a ferros diante do Estoril, em casa, não mascarou os desaires com FC Porto e Moreirense. Os adeptos queriam mais e o ónus estava sob Luís Pinto, que tentou responder com uma revolução. Abandonou o 3x4x3, mudou para um 4x3x3, segurou Charles, Abascal, João Mendes, Gustavo Silva e Nélson Oliveira da equipa que jogou em Moreira de Cónegos, perdeu o capitão Tomás Händel, abriu espaço ao jovem Miguel Nogueira da equipa B.

E por momentos tudo pareceu funcionar. O Arouca sentia a pressão no meio-campo e só não se viu em desvantagem aos 20 minutos, porque o passe de Nélson Oliveira saiu já fora das quatro linhas. Mas depois de ter um golo anulado, Gustavo Silva (31’) não desistiu, aproveitou o erro de João Valido, montou a bicicleta e celebrou a estreia a marcar nesta temporada.
Festa no D. Afonso Henriques que durou pouco tempo. Praticamente na jogada a seguir, Trezza surgiu na direita, cruzou para o coração da área onde Djouahra (34’) apareceu a cabecear para o fundo das redes. Um déjà-vu, do que já tinha acontecido com o Estoril.
Na segunda parte, o Arouca entrou mais confiante, Vasco Seabra, talvez surpreendido pelo novo Vitória SC, ajustou posicionamentos e até ficou mais perto de marcar, com David Simão a obrigar Charles a uma defesa atenta a um livre.
Quanto aos anfitriões muito pouco, para desespero das bancadas, que não escondiam o desconforto com assobios. As coisas não pioraram porque nem o VAR mudou o amarelo amostrado a Nélson Oliveira após uma entrada muito dura sobre Fontán. Seria o corolário de uma segunda parte com pouco motivos para sorrir frente à pior defesa do campeonato em termos estatísticos.
Contas feitas, o Vitória SC vai para a paragem internacional com quatro pontos em quatro jornadas. Pouco, muito pouco para que sonha voltar à Europa. Já o Arouca somou o terceiro jogo a pontuar e segue com cinco pontos.
Homem do jogo Flashscore: José Fontán (Arouca)
