Reveja aqui as principais incidências da partida

Ao falar de um estádio de um clube é comum ouvirmos os adjetivos como casa ou fortaleza. Por norma, onde a equipa se sente melhor e consegue complicar a vida aos adversários. Algo com o qual os adeptos do Famalicão não estavam a conseguir identificar-se, pois esta época em 14 jogos viram apenas quatro vitórias (seis empates e quatro derrotas).
Contudo, a chegada de Hugo Oliveira ao banco famalicense parece ter mudado esse paradigma e o estreante treinador principal percebeu que a base do sucesso assenta no fator casa, numa fortaleza. Em 2025, o Famalicão ainda não tinha sido derrotado em casa e na receção ao AFS procurava algo inédito esta temporada: três vitórias consecutivas em casa.
Num primeiro tempo morno, os anfitriões foram dominando, mas sem grande pontaria. Encontrando espaço para criar perigo pelas faixas, as boas oportunidades foram desperdiçadas: Elisor não direcionou bem o cabeceamento, Gustavo Sá acertou ao lado um remate e Aranda disparou por cima. Tudo isto perante a passividade de um AFS em bloco baixo, com muita gente no meio e pouca capacidade de encontrar Nenê na frente.

Sentindo o silêncio que vinha das bancadas – a claque do Famalicão não compareceu e a do AFS chegou atrasada devido a um problema no autocarro – as duas equipas tentaram despertar na etapa complementar e protagonizaram 20 minutos intensos.

Tudo começou com o remate de Aranda à trave quando ainda estavam a decorrer os primeiros segundos. O aviso, que Elisor concretizou aos 52’. Estreante a titular, o avançado francês respondeu da melhor maneria ao cruzamento de Rodrigo Pinheiro e bateu Ochoa.
A resposta surgiu 10 minutos depois e contra a toada do jogo. Na primeira vez que entrou na área de Carevic, o AFS empatou e pelo quarentão Nenê. Respondeu com uma cabeçada fulminante a cruzamento de Tomás Tavares e encerrou um jejum de golos na Liga que durava desde 25 de agosto.
Nem tempo para festejar houve, já que na jogada seguinte, Gustavo Sá escapou a Devenish e colocou a bola no coração da área, onde Mathias de Amorim (64’) surgiu a rematar para o fundo das redes. Foi um golpe duro para o AFS, que ficou definitivamente no chão quando Van de Looi encontrou Sorriso (77’) para o terceiro. Quando o marroquino Zabiri (90+2’) se estreou a marcar na Liga, Rui Ferreira olhava atónito no banco.
Quinto jogo em casa em 2025, terceira vitória consecutiva com sete golos marcados e três sofridos. É este o saldo do Famalicão em casa neste ano civil e com uma fortaleza assim dá para sonhar algo mais. A equipa minhota subiu ao oitavo lugar com 37 pontos, a nove do Santa Clara e das provas europeias.
O AFS está no 16.º posto, com 23 pontos, em zona de play-off de despromoção e com os mesmos pontos que Gil Vicente e Estrela da Amadora. Mais seis em relação ao Farense, a primeira equipa a descer diretamente.
Homem do jogo Flashscore: Mathias de Amorim (Famalicão)
