Médio: "Falei com o mister Rui Borges. Ele também me vê como um médio e quis dar uma oportunidade a isso. A escolha acabou por dar certo e continuei nessa posição. Cresci e fui criado como defesa-central, esses automatismos estão dentro de mim, às vezes ainda treino nessa posição, isso foi discutido internamente. Não quero perder as subtilezas e a sensação de defender"
Gyökeres: "Ele é um monstro, um trabalhador incansável. O Viktor é o jogador mais completo que já vi. Nunca está satisfeito. É preciso ter dormido bem e tomado um bom pequeno almoço antes do treino. Caso contrário, não vai correr bem".
Tatuagem: "Já tenho algumas ideias em mente. Talvez algo relacionado com o meu golo na Liga dos Campeões contra o Lille, a data, ou algo assim. Além disso, talvez algumas palavras em português ou um troféu. Mas só será depois do verão. Ainda preciso pensar um pouco".
Ruben Amorim: "Foi difícil aceitar quando soube que ele ia embora. O Hugo Viana também escolheu o Manchester City a meio da época. Foram essas duas pessoas que me vieram buscar ao Anderlecht. Enquanto jovem começas a pensar 'Ok, ainda vou ter a minha oportunidade ou tudo vai mudar?'. Mas, no final, correu tudo bem. O grupo lidou bem com a saída de Amorim. A propósito, ainda mantenho contacto com ele de vez em quando. Enviou-me uma mensagem depois do título, assim como o Emanuel Ferro e o Carlos Fernandes, que foram com ele também. Isso é bom. A escolha que fiz no ano passado revelou-se a correta".
Dérbi com o Benfica: "Eu achava que tinha vivido muito nos jogos contra o Standard, o Club Brugge ou o Union Saint-Gilloise. Em Lisboa, já se começa a falar do dérbi quatro semanas antes. Até na padaria se ouve falar do jogo. Acho que há adeptos que não conseguem dormir nos dias antes ou depois dos dérbis".
Título: "Só um dia depois me apercebi bem do que aconteceu. Depois do jogo, foi tudo muito rápido. Queres encontrar a família o mais rápido possível, comemorar com os colegas de equipa, entrar no autocarro e fazer a festa. Só fui para a cama às sete da manhã. E quando acordei algumas horas depois, disse: 'Zeno, és campeão'. Nessa noite, fomos a um restaurante com todo o grupo. Estávamos eufóricos. Essa euforia durou até depois da final da Taça ganha. O melhor momento? A última jornada. Tanto o Benfica como nós ainda podíamos ser campeões. Nós ganhámos, eles empataram. Mas foi emocionante, porque ainda podia acontecer de tudo. O facto de, no final, conquistarmos o título é fantástico".