De Pelé a Harry Kane, até Paulinho: quando é preciso um guarda-redes de emergência

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

De Pelé a Harry Kane, até Paulinho: quando é preciso um guarda-redes de emergência

Paulinho acabou na baliza do Sporting
Paulinho acabou na baliza do SportingSporting CP
É uma situação cada vez menos comum no futebol atual, sobretudo após a introdução das cinco alterações e da possibilidade de realizar uma sexta por comoção cerebral, mas ainda acontece. Paulinho, do Sporting, entrou, este sábado, para uma lista de guarda-redes improvisados onde estão alguns dos nomes sonantes do futebol mundial.

Foi um dos momentos que marcou uma ponta final caótica da vitória do Sporting diante do Marítimo (2-1), na 32.ª jornada da Liga. Na sequência de um lance que podia ter resultado no empate dos insulares, Antonio Adán foi expulso por protestos, numa altura em que os leões já não tinham mais substituições para fazer. Eis que Paulinho, o homem-golo da equipa foi chamado para calçar as luvas e evitar aquilo que normalmente é chamado a fazer: marcar.

A situação tornou-se viral e o internacional português junta-se a uma lista de jogadores de campo que são obrigados a recuar para baliza e render o guarda-redes, talvez a posição mais específica do futebol. O Flashscore recorda-lhe alguns desses momentos com nomes nem conhecidos.

Alfredo Di Stéfano (1949)

Considerado um dos melhores jogadores da história do futebol, Alfredo Di Stéfano celebrizou-se por marcar golos, mas um dos momentos icónicos da carreira aconteceu quando foi para a baliza. A 31 de julho de 1949, num sempre escaldante dérbi entre River Plate e Boca Juniors, Amadeo Carrizo, guarda-redes dos millonarios lesionou-se a sete minutos no fim. Na altura ainda não eram permitidas substituições e Di Stefano recuou para a baliza, sem luvas, e conseguiu manter o 1-0 final.

Pelé (1964)

Na segunda mão das meias-finais da Taça do Brasil, em 1963, o Santos venceu o Grémio (4-3) com um hat-trick de Pelé. Se os golos do Rei acabam por não ser novidade, o icónico brasileiro destacou-se ao acabar a partida na baliza depois da expulsão de Gilmar, guarda-redes do emblema paulista. De acordo com as crónicas da altura, ainda foi a tempo de fazer “defesas fantásticas”.

Pelé na baliza do Santos
Pelé na baliza do SantosSantos

Gerd Muller (1965)

Autor de um golo diante do Hamburgo (4-0), Gerd Muller, considerado o melhor avançado da história do futebol alemão, passou alguns minutos da partida a tentar manter a baliza do Bayern inviolada. O bombardeiro recuou para a baliza enquanto Sepp Maier recebia tratamento a uma lesão no joelho.

Glen Hoddle (1980)

O antigo médio inglês é, talvez, o mais experiente desta lista. Foi guarda-redes do Tottenham em três ocasiões e não perdeu em nenhuma delas. A mais emblemática terá acontecido diante do Leeds, quando conseguiu manter a baliza inviolada durante o prolongamento para Osvaldo Ardiles fazer o golo da vitória.

Paulo Sousa (1993)

A afirmar-se na equipa principal do Benfica, Paulo Sousa mostrou polivalência que poucos esperavam. Em 1993, no Estádio do Bessa, Neno foi expulso aos 72 minutos depois de ter provocado a um penálti. Com as águias reduzidas a 10, Paulo Sousa foi para a baliza. Não segurou o penálti, mas manteve o 3-2 final e assegurou uma vitória preciosa.

Oceano Cruz (1995)

Paulinho não foi caso virgem no Sporting. Na segunda mão da final da Supertaça de 1995, diante do FC Porto, Costinha foi expulso e o Oceano Cruz teve de assumir a baliza em pleno Estádio das Antas.. O internacional luso não sofreu qualquer golo e a decisão acabou por acontecer em 1996, em Paris, com o Sporting a vencer 3-0 e a levar o troféu.

Jan Koller (2002)

Conhecido pela estampa física impressionante (2,02 metros) e como se movimentava pela área para procurar as bolas aéreas, o avançado checo disputou terminou um dos clássicos da Alemanha na baliza. Em novembro de 2002, Jens Lehman, do Dortmund, foi expulso diante do Bayern Munique e Matthias Sammer mandou Koller para a baliza. Fez 24 minutos sem sofrer qualquer golo e foi eleito o guarda-redes da equipa da semana pela revista Kicker.

John Terry (2006)

Icónico capitão do Chelsea, o central inglês foi o bombeiro de serviço num jogo para esquecer para os guarda-redes dos blues. Em outubro de 2006, Petr Cech saiu aos 20 segundos do duelo com o Reading devido a uma colisão com Ibrahima Sonko. Na segunda parte, uma situação semelhante deixou Carlo Cudicini inconsciente e foi Terry que acabou na baliza a segurar a vitória por 1-0.

Harry Kane (2014)

Depois de ter marcado um hat-trick ao Asteras, na Liga Europa, o avançado do Tottenham acabou a partida a render Hugo Lloris. O guarda-redes foi expulso aos 87 minutos quando o resultado estava em 5-0, e o agora capitão da seleção inglesa sofreu um golo de Jerónimo Barrales no último minuto.

Hugo Almeida (2017)

O avançado português acabou na baliza num dos clássicos mais quentes do futebol grego. Em 2017, na segunda mão das meias-finais da Taça da Grécia, Giannis Anestis foi expulso da baliza do AEK e Hugo Almeida foi o guarda-redes nos minutos finais do duelo com o Olympiacos. O conjunto de Atenas acabou por avançar graças aos golos fora.