Dragão voltou a abanar, mas desta vez não caiu: FC Porto vence Moreirense (2-1)

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Dragão voltou a abanar, mas desta vez não caiu: FC Porto vence Moreirense (2-1)

Atualizado
Wendell fez assim o golo da vitória do FC Porto
Wendell fez assim o golo da vitória do FC PortoOpta by Stats Perform, FC Porto
Após a exibição na Supertaça, o FC Porto de Sérgio Conceição voltou a não convencer, mas levou os três pontos. A estratégia inicial não teve o efeito desejado e só o regresso ao registo habitual é que permitiu aos dragões somar o triunfo em Moreira de Cónegos. Moreirense regressou à elite com a primeira derrota em casa no ano civil de 2023.

Na estreia de Rui Borges na Liga, o novo técnico do Moreirense optou pela continuidade. Dinis Pinto, Maracás e Marcelo foram os únicos jogadores que não fizeram parte da conquista da Liga 2. Para o central brasileiro, que já passou pelo Sporting, foi mesmo a estreia a titular, os restantes já tinham participado no duelo com o Farense, da Taça da Liga.

No FC Porto, Sérgio Conceição, expulso na Supertaça, assistiu da bancada ao duelo com Pepe, também ele viu o cartão vermelho no clássico com o Benfica e com Fran Navarro, que passou de suplente utilizado para não convocado. Fábio Cardoso, Wendell e João Mário entraram para um onze em que se destaca a mudança tática, com Otávio a surgir como o maestro, atrás de Taremi.

As notas dos jogadores
As notas dos jogadoresFlashscore

Plano furado

A alteração estratégica de Sérgio Conceição não surtiu efeito. Como é apanágio, o FC Porto entrou dominante na partida, controlou a posse de bola, mas raramente conseguiu desmontar o bloco adversário. Com um meio-campo compacto e Ofori a dominar toda a zona à frente da defesa, os dragões raramente conseguiram encontrar espaço.

A equipa do FC Porto muito concentrada no meio
A equipa do FC Porto muito concentrada no meioOpta by Stats Perform

Nas alas, Wendell e João Mário raramente conseguiam desequilibrar enquanto Galeno e Pepê derivavam para o centro e se viam presos na muralha montada pelo conjunto de Moreira de Cónegos. Foi preciso esperar 25 minutos para ver o primeiro remate azul e branco, com Taremi a desviar para as mãos de Kewin Silva.

Antes, Camacho (7 minutos), André Luís (17’) e um desvio de Fábio Cardoso (23’) obrigaram Diogo Costa a atenção redobrada.

De resto, o último lance de perigo da primeira parte exemplificou o que foram os 45 minutos iniciais. O FC Porto dominou por completo, mas o Moreirense concentrado aproveitava as transições e Kodisang (43 minutos) não inaugurou o marcador por falta de pontaria, já na cara do guardião contrário.

A estreia

A segunda parte trouxe um FC Porto determinado a corrigir os erros. Sérgio Conceição lançou Toni Martínez para o lugar de João Mário e voltou a adotar uma forma com dois avançados. Pepê desceu para a faixa direita da defesa, na procura de garantir os desequilíbrios no flanco que não surgiram nos 45 minutos iniciais.

Contudo, um balde de água fria caiu em cima do conjunto azul e branco anda antes deste colocar em prática as alterações. Aos 53 minutos, o Moreirense inaugurou o marcador. Ofori cruzou para a área, Franco não chegou à bola e Frimpong, o lateral-esquerdo, antecipou-se a Pepê para, com o joelho, colocar a bola fora do alcance de Diogo Costa.

Estreia a marcar na Liga para o neerlandês que chegou a Portugal vindo do Sparta Roterdão para concluir a formação no Benfica.

Acompanhe a partida no Flashscore

Os números da partida ao intervalo
Os números da partida ao intervaloFlashscore

Regresso ao normal

Em desvantagem, o FC Porto mostrou uma faceta diferente em relação a Supertaça. Na decisão em Aveiro, os dragões acusaram claramente o tento de Di María, enquanto que em Moreira de Cónegos retomaram as rédeas de jogo e Sérgio Conceição começou a ver aquilo que esperava com a alteração feita ao intervalo.

Toni Martínez e Taremi obrigaram Maracás e Marcelo a esforço extra e a experiente dupla de centrais do Moreirense não conseguiu encontrar solução para os constantes choques. E o perigo começou a rondar cada vez mais a baliza de Kewin Silva, que negou Pepê com uma grande defesa aos 66 minutos.

Um minuto depois, surgiu o empate. Entrado para o lugar de Grujic, Romário Baró procura nova vida no FC Porto e voltou a mostrar qualidade. O médio colocou a bola na área, onde Fábio Cardoso desmarcou Toni Martínez com um toque e o espanhol não perdoou na cara do guardião adversário.

A reviravolta ficou consumada à entrada do quarto de hora final. Recuado para médio mais defensivo, Eustaquio tomou conta das operações e passou a lançar os ataques. É ele que descobre Pepê na direita, o brasileiro combina com Otávio e descobre Wendell à entrada da área que, com um remate colocado, coloca a bola no fundo das redes.

Até final, o FC Porto foi controlando a partida, aproveitando o desgaste natural de um Moreirense que conseguiu ter mais posse de bola, mas que passou a maior parte dos 90 minutos a correr em posição defensiva. Só a lesão de Romário Baró, que saiu com queixas na perna esquerda (e permitiu a estreia de Nico González) e a expulsão de Wendell (viu o segundo amarelo e foi expulso) tiraram o sorriso a Sérgio Conceição até final.

Os números finais da partida
Os números finais da partidaFlashscore

O FC Porto apanhou um susto, mas entrou com o pé direito no campeonato e somou três importantes pontos, num terreno onde costuma sentir dificuldades e não foi exceção. Rui Borges esteve perto de uma estreia de sonho na Liga, mas a equipa de Moreira de Cónegos que em 2023 ainda não tinha perdido em casa, sucumbiu no regresso à elite.

Homem do jogo: Pepê (FC Porto).

Pepê trouxe perigo pela direita
Pepê trouxe perigo pela direitaOpta by Stats Perform