O empate do FC Porto com o Arouca ficou marcado por um lance polémico. Perto dos 90 minutos, Taremi caiu na área após toque de Milovanov. Miguel Nogueira hesitou, mas apontou para a marca de penálti.
Esperou pela confirmação do VAR, mas foi convidado por Rui Oliveira a ir ver as imagens, que não estavam disponíveis. Dificuldades técnicas impediram a utilização do monitor e a situação ganhou contornos de caricato com Miguel Nogueira ao telefone com Rui Oliveira, na Cidade do Futebol, para tomar a decisão.
O árbitro chamou então os dois treinadores, comunicou o sucedido e que ia reverter o penálti perante a estupefação de Vítor Bruno.
Eis que, perante isto, o FC Porto informou que vai pedir a anulação do jogo com o Arouca, tendo por base “má conduta da equipa de arbitragem”.
"O FC Porto apresentou um protesto aos delegados da Liga tendo em vista a anulação do jogo com o Arouca. Esta medida tem como fundamento a atuação do árbitro no momento da reversão, na sequência de uma chamada telefónica e sem acesso às imagens do lance, do penálti assinalado pelo árbitro de campo por falta sobre Mehdi Taremi. A ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do encontro", pode ler-se.
Protestos do Benfica
A arbitragem no Dragão também mereceu contestação por parte das águias. Através de um comunicado, o Benfica questionou os 17 minutos de acréscimos e um alegado fora de jogo no lance que resulta no empate.
"É absolutamente urgente afinar critérios e garantir a transparência. É preciso que de uma forma clara e objetiva se apresentem as razões para 17 minutos de descontos no jogo FC Porto-Arouca. E que se explique, igualmente, que mais justificações existem para deixar o jogo prosseguir até aos 22 minutos de tempo extra para lá dos 90. O golo do empate não só surge para lá dos descontos atribuídos, como não são dissipadas as dúvidas quanto à posição do avançado que o marca. Qual a razão? Qual o motivo para que a transmissão da Sport TV não tenha mostrado essas imagens? Já na jornada passada assistimos a critérios distintos na aplicação de amarelos e vermelhos aquando da partida Rio Ave-FC Porto, com um perdão inexplicável – toda a crítica foi unânime – da expulsão do jogador Eustáquio, ainda a partida não tinha atingido os 10 minutos. Não esquecemos a expulsão de Musa, no Bessa, em que foram aplicadas as regras do Conselho de Arbitragem, na defesa da integridade física dos jogadores, mas pergunta-se: o rigor não tem de ser extensível a todos? É importante que, de uma vez por todas, se afinem os critérios e haja total equidade e transparência".