Recorde aqui as incidências do encontro
À procura de responder à derrota com o Sporting (2-0) e sem o capitão Pepe, Sérgio Conceição mexeu ainda mais do que era obrigação: Zé Pedro e Fábio Cardoso fizeram parceria no eixo pela primeira vez na equipa principal, Wendell regressou ao onze quase três meses depois, Franco também voltou ao miolo e Toni Martínez foi titular pela quarta vez esta temporada.

Por seu lado, os flavienses apresentaram uma estrutura diferente em relação às últimas derrotas com Estoril (4-0) e Casa Pia (1-3) com a maior novidade a ser a primeira titularidade de Hélder Morim na Liga Portugal.
Entrada com gás, mas sem champanhe
O apito inicial foi acompanhado por fogo de artíficio e uma tarja de homenagem a Pinto da Costa em celebração do 86.º aniversário do presidente portista. Foi uma entrada pressionante dos dragões, a fazer recordar os tempos em que Otávio era o dínamo ofensivo e defensivo da equipa e que condicionou o Chaves ao seu meio-campo defensivo.
No entanto, esse domínio não trouxe lances claros de golo e só durou 20 minuto. Depois disso, os flavienses começaram a crescer e a invadir o último terço com velocidade. Numa altura em que escasseavam as oportunidades, Rúben Ribeiro arriscou o segundo cartão amarelo num troca de argumentos com André Franco antes de Eustáquio tentar dar um abanão na partida, num remate desviado por Bruno Langa.
Os flavienses ainda ficaram perto de gelar o Dragão num rápido ataque, mas Hector desviou por cima na pequena área depois de um bom trabalho de Kelechi sobre João Mário.
Ainda assim, o melhor lance do primeiro tempo pertenceu aos anfitriões e só João Correia evitou o golo inaugural ao afastar o remate de Pepê em cima da linha de golo, com Rodrigo Moura batido.
Um momento de inspiração
Sem alterações no segundo tempo, voltou a entrar melhor o FC Porto embora com a má notícia de não poder contar com Alan Varela no próximo encontro, após o quinto cartão amarelo visto pelo médio argentino. A desinspiração portista ficou ilustrada numa recuperação em zona alta de Pepê, na qual tentou servir Mehdi Taremi e o iraniano falhou a receção em zona de finalização.

Finalmente, aos 58 minutos, numa jogada de insistência dos dragões à entrada da área, Varela abriu para João Mário que, com a receção para a zona interior, tirou Sandro Cruz do caminho e, de pé esquerdo, rematou em arco e rasteiro ao segundo poste sem hipóteses de defesa para Rodrigo Moura... e João Correia que ainda se esticou para evitar.
Artilharia pesada
Evanilson, Galeno e Francisco Conceição já estavam preparados para entrar antes do golo inaugural e foram a jogo nos lugares de Toni Martínez, Taremi (quase de saída para disputar a Taça Asiática) e o amarelado Alan Varela. Moreno também não ficou parado, lançando Jô Batista e Benny em detrimento de Hector e Kelechi, juntando depois Paulo Victor e Cafu Phete.
O efeito foi quase imediato e também quase resultou no segundo golo, com André Franco a entrar na área em slalom e a rematar para defesa apertada de Rodrigo Moura, na insistência Francisco Conceição atirou perto do poste.
Com uma frente de ataque fresca, era o flanco esquerdo dos dragões que criava mais problemas e empurrava os flavienses para a própria área que, ao mesmo tempo, não conseguiam segurar a posse de bola e chegar de forma controlada ao meio-campo adversário. Ainda assim, num lance em que Bruno Langa deixou dois adversários para trás, Rúben Ribeiro tirou um cruzamento milimétrico ao segundo poste e Benny, sozinho, cabeceou à trave.
Até ao apito final, João Mendes atirou uma bomba para defesa atenta de Rodrigo Moura, enquanto Galeno desperdiçou um contra-ataque em superioridade numérica com um remate para as nuvens. O último lance de perigo pertenceu ao Chaves, com Diogo Costa a segurar os três pontos ao fazer uma grande defesa a remate de Jô Batista e o duelo terminou com pedidos de grande penalidade dos flavienses.
Homem do jogo Flashscore: João Mário (FC Porto).
