Recorde as incidências da partida
Na antecâmara dos dois dérbis com o Sporting, Roger Schmidt não abdicou de Di María e Otamendi, que estiveram ao serviço da seleção da Argentina, num onze onde Tomás Araújo, David Neres e Arthur Cabral foram as novidades, ocupando os lugares de António Silva, castigado, João Mário e Marcos Leonardo. Nota de destaque, igualmente, no banco, com o regresso de Juan Bernat ao lote de disponíveis, tal como Orkun Kokçu, após o castigo interno.
Do lado do Chaves, Moreno Teixeira pôde contar com Dário Essugo, depois do médio emprestado pelo Sporting ter recorrido ao TAD da suspensão de 30 dias devido aos incidentes no Vitória SC-Sporting.
Di María bem, Di María mal
O jogo começou com uma iniciativa de Júnior Pius, pela esquerda, que terminou com um cruzamento para as mãos de Trubin, antes de, aos 4 minutos, Florentino roubar a bola a Essugo e servir Rafa, que acabou derrubado em cima da linha da grande área. Na transformação do livre, Di María bateu para bela intervenção de Hugo Souza, a voar para desviar para canto.
Aos 10 minutos nova recuperação de Florentino, desta feita num mau passe de Hugo Souza, mas o médio do Benfica falhou, depois, o passe de desmarcação, que deixaria David Neres isolado. Aos 12 minutos os mesmos protagonistas do arranque de jogo encarnado, com Di María a bater um livre, da direita, e Florentino, de costas para a baliza, a cabecear por cima.
Aos 17 minutos, num contra-ataque conduzido por Guima, Héctor Hernández ganhou um canto perante Otamendi que Benny, com conta, peso e medida, cruzou para Júnior Pius cabecear por cima da baliza de Trubin.
Aos 21 minutos o mesmo Júnior Pius, mas na área contrária, atingiu Bah com o cotovelo na cabeça. Hélder Malheiro nada assinalou mas, alertado pelo VAR, e após rever as imagens, anunciou através do sistema de som do Estádio da Luz a decisão de assinalar grande penalidade.
Chamado à responsabilidade, Di María fez um autêntico passe para Hugo Souza, que se limitou a recolher a bola na grande penalidade, aos 26 minutos.
Canto após canto
Aos 29 minutos, após cruzamento de Bah, Vasco Fernandes cedeu canto e, na sequência da bola parada, foi Arthur Cabral a cabecear por cima. Um minuto depois, Neres serviu Di María, que rematou para desvio de Hugo Souza e, no canto, o argentino a tentar o canto olímpico - ficou pertíssimo. O Benfica carregava e, aos 31', foi Aursnes, da esquerda, a servir Arthur Cabral que, de primeira, rematou muito por cima.
Aos 39, em mais um canto batido por Di María, Florentino cabeceou a rasar o poste direito da baliza do Chaves. Aos 40 foram os flavienses a ganhar um canto, conquistado por Dário Essugo, que ganhou espaço na área depois de um livre a beneficiar o Chaves.
Uma, duas, três vezes Hugo Souza
A segunda parte começou sem substituições em ambas as equipas e com mais um canto para o Benfica, aos 50', batido por Di María, que Tomás Araújo cabeceou para defesa fácil de Hugo Souza. Na resposta, aos 51', Benny cruzou para Hector Hernández cabecear ao lado da baliza de Trubin.
Aos 54 minutos foi Alexander Bah, na ressaca de mais um ataque do Benfica, e de um remate mal ensaiado por Arthur Cabral, a rematar por cima quando estava solto de marcação. Aos 59 minutos mais uma falta de Junior Pius, novamente a queimar a linha da grande área, desta vez sobre Di María e, após revisão do VAR, o livre transformado na grande penalidade.
Depois de Di María falhar, foi Arthur Cabral quem assumiu a responsabilidade para bater o penálti, aos 63 minutos. O avançado escolheu o mesmo lado de Arthur Cabral, rematou com mais força mas Hugo Souza voou e negou, uma vez mais, o golo do Benfica. Hélder Malheiro, porém, voltou a ser alterado pelo VAR e informou no sistema de som que Carraça tinha invadido a grande área, mandando repetir o castigo máximo, para revolta dos jogadores e banco de suplentes do Chaves.
Aos 66 minutos Arthur Cabral voltou a partir da linha dos 11 metros, voltou a escolher o lado esquerdo, o direito de Hugo Souza, com o guarda-redes brasileiro a repetir, pela terceira vez, a façanha: três penáltis defendidos na Luz.
João Neves teve cabeça (e coração)
Não foi de penálti mas foi de um livre, mais um de Di María, que João Neves, de costas para a baliza, tocou de cabeça e enganou Hugo Souza, fazendo o 1-0 para o Benfica aos 68 minutos.
Moreno não esperou mais e, aos 72 minutos, lançou Hélder Morim, Pedro Pinho e Leandro Sanca, de uma assentada, retirando Dário Essugo, Rúben Ribeiro e Raphael Guzzo.
Logo depois, aos 73 minutos, Trubin assustou, largando a bola num duelo com Junior Pius, mas com a defesa do Benfica a aliviar.
Aos 74' foi a vez de Roger Schmidt mexer, com Marcos Leonardo a ocupar a vaga de Arthur Cabral no ataque dos encarnados.
A resposta do Chaves
Aos 82 minutos Moreno mexeu, lançando Paulo Victor e Jô Batista nos lugares de Guima e Benny, com Roger Schmidt a trocar Di María e Neres por João Mário e Kokçu, com o médio turco assobiado na Luz.
Com impacto imediato, Jô Batista, aos 83', ganhou nas alturas e, de cabeça, atirou por cima da baliza. Respondeu o Benfica, aos 84', com Marcos Leonardo a rematar forte para defesa de Hugo Souza. Aos 86' foi Rafa, de meia distância, a disparar ao lado, mas era o Chaves que esboçava uma reação, com a frescura de Paulo Victor e Jô Batista na frente.
No primeiro dos seis minutos de compensação, Sanca cruzou da esquerda e Héctor Hernández cabeceou mas por cima da baliza de Trubin.
No último minuto de compensação, após cruzamento de Aursnes, Marcos Leonardo rodou na área, rematou de pé esquerdo mas ao lado da baliza de Hugo Souza.
O Benfica vence, não convence mas segue na pressão ao rival Sporting, adversário da próxima jornada.
Homem do jogo Flashscore: João Neves (Benfica)
