Reveja aqui as principais incidências
Depois da pesada derrota com o Arouca na última jornada, Sérgio Vieira contou com regressos importantes de lesão no Estrela da Amadora. Bruno Brígido voltou para a baliza (onde a outra opção era o jovem Edmilson Cambila), Pedro Mendes assumiu o lugar de Kialonda Gaspar (com Angola na CAN), Gustavo Henrique e Kikas também foram lançados no onze.
Rúben de la Barrera fez também quatro alterações em relação ao Vizela que empatou com o Moreirense na ronda passada. Lebedenko, Diogo Nascimento, Matías Lacava e Jardel tiveram oportunidade no onze.

Morrer pelas ideias
Depois de uma época com Álvaro Pacheco e Manuel Tulipa, o Vizela esta época decidiu apostar num caminho por técnico relativamente desconhecidos do futebol nacional. A experiência de Pablo Villar não teve sucesso e para o seu lugar chegou Rúben de la Barrera que estava no comando da modesta seleção de El Salvador, cuja despromoção à divisão B da Liga das Nações da CONCACAF não conseguiu evitar.
O novo técnico trouxe uma ideia vincada. Este é um Vizela que gosta de ter bola e que não abdica de construir a partir de trás, numa tentativa de chamar os adversários e depois aproveitar a dimensão física de Essende. E se muitas vezes se critica as equipas portuguesas do fundo da tabela de um jogo menos burilado, é de elogiar a equipa vizelense.

Contudo, desde o início do jogo que se tornou claro que Buntic não é um guarda-redes à vontade com os pés. O Estrela da Amadora foi-se apercebendo, pressionando cada vez mais em cima e acabou recompensado.
Aos 8 minutos inaugurou o marcador num lance em que o croata foi obrigado a despachar a bola. Jean Filipe recuperou ainda no meio-campo adversário e depois foi cruzar para André Luiz emendar à boca da baliza.
Um confronto de estilos
Marcador desbloqueado e as duas equipas entraram num autêntico confronto de estilos. O Vizela apostado num futebol mais apoiado, com Samu em destaque, e o Estrela da Amadora a utilizar a garra que lhe tem sido característica nesta subida de divisão (quem diria que neste dia, em 2019, estava a receber o Belenenses na distrital de Lisboa), procurando sempre chegar o mais rapidamente possível à baliza adversária. Um jogo bem disputado.
O Vizela acabou por estar mais perto do empate, primeiro com Lacava (29 minutos) ao lado e depois com Lebendenko (41 minutos) ao poste, mas foi preciso esperar até ao início da segunda parte para os homens do norte festejarem o golo.
Na sequência de um canto, Samu (48 minutos) aproveitou um alívio incompleto e à entrada da área não teve cerimónias: um remate para o fundo das redes, sem hipóteses para Bruno Brígido.

Uma boa propaganda
Com o empate no marcador, as duas equipas partiram para uma bela segunda parte de propaganda ao futebol português. Bem disputado, com a dureza suficiente mas também qualidade ao nível dos intervenientes, Estrela da Amadora e Vizela digladiaram-se para sair com os três pontos.
Matheus Pereira (52 minutos), após um grande passe de Samu, obrigou Bruno Brígido a uma grande defesa, Bruno Wilson (71 minutos) rematou ao poste e Essende (81 minutos) teve um golo anulado por fora de jogo. Tudo momentos que deixaram os adeptos do Vizela frustrados.
A equipa da casa viu Ronaldo Tavares desperdiçar três boas ocasiões. Aos 57 minutos, lançado por Kikas, rematou à malha lateral; aos 70 minutos, num lance que começou com um pontapé longo de Bruno Brígido acabou por rematar a rasar o poste; e aos 88 minutos acabou por acertar novamente na malha lateral, mas desta feita no outro lado.
O empate acaba por não deixar ninguém satisfeito. O Estrela da Amadora somou o terceiro jogo consecutivo sem vencer (dois empates e uma derrota) e soma agora 17 pontos, estando na nona posição. Já o Vizela somou o terceiro empate consecutivo e com 13 pontos continua no 16.º posto, sendo que pode acabar a jornada em zona de despromoção.
Homem do jogo Flashscore: Samu (Vizela).
