Guarda-redes:
Luiz Júnior (Famalicão) - 8.1
É, há algumas épocas, um dos melhores guarda-redes da Liga Portugal e voltou a justificar esse destaque na deslocação do Famalicão ao Dragão. É verdade que sofreu dois golos, mas também se pode dizer que grande parte da responsabilidade do empate da equipa de Armando Evangelista frente ao FC Porto esteve nas luvas do guardião brasileiro, que também utilizou outros recursos para segurar os dragões, como nesta defesa a remate de Evanilson.
Defesas:
Ygor Nogueira (Chaves) - 8.0
Num jogo decisivo para o Chaves, que podia ter condenado as hipóteses de manutenção em caso de perda de pontos em Vizela, Ygor Nogueira foi o comandante da defesa flaviense e teve exibição decisiva no seu setor para que a equipa de Moreno conseguisse regressar aos triunfos, entregando assim a lanterna vermelha ao Vizela. Limpou tudo nas alturas, alíviou o perigo e ainda assumiu responsabilidades com bola.
O defesa costa-marfinense sentiu o peso da pausa para a CAN, uma competição na qual saiu com o título, mas onde foi figura secundária. Demorou a entrar no ritmo quando voltou a Alvalade, mas parece estar de volta ao melhor nível na fase decisiva da época. Além de mais concentrado na defesa, voltou a fazer a diferença no ataque de uma das melhores equipas da Europa em lances de bola parada.
Jorge Fernandes (Vitória SC) - 8.4
Já se sabe que, em Guimarães, um empate nunca é um bom resultado, mas, quando o golo surge já no sexto minuto de descontos, o ponto arrecadado tem outro sabor. Com nova vida em Guimarães, Jorge Fernandes foi à área contrária evitar o regresso às vitórias do Farense e manteve o Vitória SC na luta pelo pódio da Liga Portugal.
Médios:
Carlinhos (Portimonense) - 8.0
Sem dúvida o elemento mais consistente da equipa de Paulo Sérgio, Carlinhos voltou ao nível habitual e fez a diferença num jogo que podia até ter tido outro sabor para os algarvios. O médio brasileiro ofereceu um golo a Tamble Monteiro e outro a Alemão, mas não conseguiu evitar a recuperação consumada pelo Casa Pia no segundo tempo.
Morita (Sporting) - 7.9
Tal como Diomande, Morita também voltou da Taça Asiática num nível abaixo, mas a influência do nipónico faz com que Rúben Amorim continue a utilizá-lo invariavelmente. Num jogo em que Hjulmand estava castigado, o nipónico encheu o campo para realizar uma exibição menos vistosa do que a do colega Daniel Bragança, mas ao mesmo tempo necessária para dar equilíbrio à equipa. Podia ainda ter faturado, não fosse o poste direito da baliza de Andrew.
Gustavo Sá (Famalicão) - 7.9
Se apontamos Luiz Júnior como um dos destaques da Liga Portugal na baliza, Gustavo Sá é, sem dúvida, um dos jogadores mais promissores do nosso campeonato. O internacional sub-21 fez uma exibição completa num dos maiores palcos do futebol português, somando mais uma assistência, e mostrou que é jogador capaz para atingir outros voos, sendo que Famalicão tem sido mesmo o palco ideal para dar o salto.
No futebol, as pazes com os adeptos, colegas ou treinadores são feitas, na maioria das vezes, com rendimento dentro de campo. Depois das palavras, Kokçu passou aos atos e, quando teve oportunidade, apareceu a bom nível para regressar aos golos e mostrar que ainda pode cumprir aquilo que prometeu no início da época. Não sorriu nos festejos, mas terá respirado fundo ao ver que ficou mais perto da reconciliação com a família encarnada.
Avançados:
Francisco Trincão (Sporting) - 7.9
Desde o novo ano, já aqui destacámos várias vezes as melhorias de Trincão, mas foi até depois de um jogo menos conseguido, frente ao Benfica, que o esquerdino mostrou capacidade para voltar ao nível que vinha sendo habitual, com dois golos decisivos para o triunfo tranquilo dos leões. Na forma como recuperou o bom momento, Trincão voltou a mostrar a confiança que ganhou nos últimos meses.
Jhonder Cádiz (Famalicão) - 8.0
Por falar em confiança, o que dizer de Jhonder Cádiz? O avançado venezuelano chegou ao Dragão com a corda toda e teve entrada de rompante, começando e finalizando a jogada do primeiro golo do Famalicão. Motivado pelo lance e pela forma da equipa, o 14.º golo da época perto do intervalo e deixou os famalicenses novamente em vantagem até perto do final do encontro.
Melhor jogador da 29.ª jornada: Aderllan Santos (Rio Ave) - 8.5
Na ótica de jogadores que recuperaram de uma forma negativa e regressaram ao nível que já tinham demonstrado, Aderllan Santos tem de ser um dos maiores casos de recuperação. O defesa brasileiro caiu com o Rio Ave para a Liga 2, mas regressou com os vila-condenses para cimentar a equipa de Luís Freire no primeiro escalão. Com a braçadeira de capitão envergada, o defesa de 35 anos ultrapassou o número de golos da época passada e teve uma exibição imperial na defesa, apesar dos dois golos sofridos pelo Rio Ave.
