Recorde as principais incidências da partida
Após a desilusão europeia a meio da semana, o Benfica viajava até Portimão ciente de que não havia margem para erro na casa do Portimonense. Só a vitória interessava aos homens de Roger Schmidt, sobretudo depois do triunfo tardio do rival FC Porto, que se acomodou no topo da tabela classificativa da Liga Portugal, à espera dos resultados de quem segue atrás.
Para o duelo da 6.ª jornada, Schmidt viu-se forçado a mudar um dos extremos - Di María (lesionado) deu lugar a David Neres -, mas as alterações não se ficaram por aí: Florentino e Morato ocuparam os lugares de João Neves e António Siva, respetivamente, este último expulso frente ao Salzburgo a meio da semana.
Primeira parte de luxo
Benfica, Benfica e Benfica. Só deu Benfica nos primeiros 45 minutos, com uns fogachos muito ligeiros do Portimonense. Os campeões nacionais entraram a todo o vapor e encontraram o caminho para a vantagem muito facilitado, perante um adversário algo perdido e muito descompensado na marcação.
Logo aos seis minutos, transição rápida e a bola a passar por Neres, João Mário e Kokçu, com o médio turco a servir Alexander Bah, completamente solto, para este desferir um remate fortíssimo que só parou no fundo da baliza à guarda de Vinicius.
Apesar de defender com muitos homens, o Portimonense não teve capacidade para lidar com a pressão alta dos homens do Benfica e o segundo golo apareceu com alguma naturalidade, aos 17 minutos, por intermédio do suspeito do costume, o avançado croata Musa. O camisola 33 mostra que não precisa de muito para fazer balançar as redes contrárias.
O 0-2 despertou a equipa de Paulo Sérgio, mas, ainda assim, foi o Benfica que criou as melhores oportunidades até ao final do primeiro tempo. Valeu Vinicius a defender os remates de Rafa Silva (32' e 37'). No lado contrário, só Carlinhos teve arte para testar Trubin.
Do susto ao terceiro
A primeira parte só podia deixar Roger Schmidt confiante, não só pelos golos, mas, acima de tudo, pela facilidade que encontrou contra um Portimonense de contraste absoluto com os resultados mais recentes. Perante esses indicadores, o treinador germânico decidiu promover três alterações ao intervalo - Musa, Kokçu e Bah ficaram no balneário - e a verdade é que tudo se complicou para o Benfica.
Depois de mais um par de oportunidades em que os encarnados não conseguiram traduzir no 0-3, o Portimonense surpreendeu tudo e todos num lance rápido de contra-ataque, com velocidade e certeza de Hélio Varela. Golaço!
Logo depois, o vídeo-árbitro (VAR) descortinou uma mão na bola de Morato no interior da área do Benfica e Hélder Malheiro assinalou grande penalidade a favor da equipa da casa para possibilidade para 2-2... desperdiçada por Rildo. Aliás, excelente leitura e defesa de Trubin, num momento importantíssimo para incrementar os níveis de confiança do ucraniano.
Desperdiçada soberana oportunidade para o empate, num minuto absolutamente alucinante, os algarvios recuaram e voltaram a sentir novamente o peso do adversário, movido pela força de Rafa Silva.
O camisola 27 recuperou uma bola no reduto defensivo do Benfica, galgou alguns metros em velocidade e serviu Neres na perfeição para o 3-1, aos 66 minutos, que se revelaria fatal para as aspirações dos algarvios.
Contas feitas, vitória importante para o campeão nacional a cinco dias do embate frente ao FC Porto, na segunda grande batalha entre as duas equipas na época 2023/24. Já o Portimonense quebra uma série de três jogos sem conhecer o sabor da derrota e segue próximo na zona de despromoção.
Melhor em campo Flashscore: David Neres (Benfica)