Recorde aqui as incidências do encontro
À procura de fechar 2023 na liderança isolada do campeonato, o Sporting subiu ao relvado com Neto no onze, Morita e Pote no meio-campo, com Paulinho a fazer companhia a Gyokeres no ataque e Hjulmand no banco de suplentes.
Por seu lado, Paulo Sérgio fez apenas uma alteração na equipa titular, deixando Paulinho no banco de suplentes e promovendo o defesa Alemão. Os algarvios atravessavam uma série de quatro jogos sem vitórias, três pontos acima da linha de água.
Pouca parra e pouca uva
As tochas arremessadas para o relvado não ajudaram a um jogo que começou em ritmo lento e com domínio claro do Sporting. Ainda assim, pertenceu ao Portimonense o primeiro lance de perigo, aos 18 minutos, no seguimento de uma boa jogada coletiva pela esquerda. O cruzamento de Gonçalo Costa obrigou Adán a sair do poste para sacudir e, na recarga, Guga disparou por cima da trave. Carlinhos também tentou a sorte de longa distância, sem acertar no alvo.
O ritmo esmoreceu sem lances de grande perigo junto das duas balizas. O melhor que os leões conseguiram fazer foi um cruzamento de Nuno Santos ao qual Gyokeres e Geny Catamo chegaram atrasados e um remate de Edwards por cima da trave. Outro pormenor digno de registo foi o cartão amarelo visto por Neto, que ficou nos balneários ao intervalo, rendido por Eduardo Quaresma.
O inevitável
Com apenas essa alteração feita, a segunda parte começou com um ritmo diferente e com duas oportunidades para o Sporting: primeiro Morita armou um remate de ressaca que passou perto do poste, depois Paulinho ganhou bem o espaço na pequena área, mas cabeceou à figura de Vinicius após cruzamento de Geny Catamo. Logo a seguir, avançado voltou a estar em evidência ao falhar dois desvios em zonas promissoras.
Por outro lado, Gyokeres só precisou de uma ocasião: aos 59 minutos, Pote, que momentos antes estava com queixas no pé esquerdo, accionou o radar e com um passe milimétrico lançou o sueco na área que, com um toque subtil, desviou à saída de Vinicius e inaugurou o marcador. O suspeito do costume é, simplesmente, inevitável.
Um ombro amigo
Pouco depois, foi a vez de Marcus Edwards abrir o livro junto à linha de fundo e oferecer a algum dos três companheiros no coração da área. A bola ficou nos pés de Paulinho cujo remate foi impedido por Pedrão em cima da linha de golo. Estava a ser amigo o avançado do Sporting.
Desperdiçou o Sporting, aproveitou o Portimonense com toque de Midas de Paulo Sérgio. O treinador fez duas alterações antes da marcação de um livre direto e, na conversão do mesmo, Gonçalo Costa levantou para a área onde apareceu Filipe Relvas, com o ombro, a desviar de Adán e a restabelecer a igualdade.
Os leões não foram abaixo e voltaram à carga, mas Vinicius Silvestre mostrou estar atento para impedir o desvio de Gyokeres e o remate sem preparação de Morita. A maior oportunidade, no entanto, caiu nos pés de Hélio Varela, num contra-ataque rápido, em que o avançado surgiu isolado na cara de Adán, mas o domínio não saiu bem e Eduardo Quaresma conseguiu afastar a bola para canto. Grande corte do defesa, apesar de ter sido assinalado pontapé de baliza.
Um toque de calcanhar... e de sorte
Azar dos azares para os algarvios e um banho de sorte para os leões e... Paulinho. Na sequência, o flanco esquerdo do Sporting trabalhou bem para chegar à área, o cruzamento rasteiro de Morita encontrou o calcanhar de Paulinho, a bola desviou num defesa e traiu Vinicius.
Logo a seguir, Hélio Varela voltou a estar em destaque, ao recuperar no meio-campo e a arrancar para cima da defesa adversária, deixou Diomandé para trás até que Adán agigantou-se com uma excelente mancha a evitar o empate.
O desperdício não ficaria por aqui, já que no último dos cinco minutos de desconto, Gyokeres levou tudo à frente, ofereceu o bis a Paulinho, mas o remate do português saiu por cima da trave.
Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyokeres (Sporting).