“Sabemos que o Paços de Ferreira Paços de Ferreira está a lutar pela vida e quando assim é transcende-se. Temos de fazer o mesmo. Temos de olhar para os últimos dois jogos que ganhámos em que sofremos um golo que não devíamos ter sofrido. É pena só haver quatro jogos porque ainda há muita coisa para melhorar e queremos andar com mais velocidade para preparar o futuro. É uma equipa que arrisca muito na construção, porque o César está habituado a jogar em clubes grandes e transmitiu isso aos jogadores. Temos de ser fortes e corajosos na construção. Temos de ter cuidado com jogadores talentosos como o Nigel Thomas e o Nico Gaitán. Avaliámos como se fosse o Arsenal e a Juventus. Temos de ter posses mais longas, encostar mais o adversário. É um jogo para vencer, temos essa obrigação”, explicou, revelando a possibilidade de Paulinho ir a jogo: “Paulinho já vai ser convocado, poderá jogar alguns minutos”.
Com apenas mais quatro jornadas até ao final da época, o Sporting pode ter um papel decisivo na luta pelo título, ao receber o Benfica na penúltima jornada da Liga. Questionado sobre a importância desse jogo, Rúben Amorim desvalorizou.
“Acho que a imagem que fica do Sporting é pouca consistência, que marcou poucos golos, estamos prestes a passar a barreira dos 100 esta época. Falhamos muito no início, fomos pouco consistente e nos momentos-chave da época não conseguimos dar a volta a situação. O facto de jogar contra o Benfica e ganhar não muda a forma como olhamos para época, não ganhando títulos não fomos bons o suficiente. Somos um clube grande que vive de título e não de vitórias contra os rivais.Os adeptos não têm de esperar nenhum bombom. Temos a obrigação de ganhar todos os jogos até ao fim. Ganhando a Liga Europa não ia mudar a minha forma de olhar para a época, quanto mais ganhar ao Benfica. Temos a obrigação de vencer todas as partidas em casa”, garantiu.
Futuro
O futuro de Rúben Amorim tem sido um dos pontos de interrogação esta temporada. O técnico leonino foi várias vezes associado a Chelsea e Tottenham, mas voltou a reiterar o interesse em ficar em Alvalade.
“É subjetivo, tem-se falado nos jornais. Eu já pareço o Beto e o Luisão, todos os anos vou sair. Não tenho ilusões em relação a isso, sou muito feliz aqui. Nada mudou na minha ideia. Sou treinador do Sporting e muito feliz. Falhei aqui ou ali esta época e o meu foco é melhorar. Não tenho reuniões marcadas com ninguém, só com o Sporting para preparar a próxima época”, frisou.
E nesse futuro, a possibilidade de Tiago Tomás regressar não está descartada.
“Está tudo em aberto para a próxima época. Mais do que gostar do jogador, gosto da pessoa. Faremos a nossa escolha e depois explicaremos a toda a gente”, concluiu.
Equilíbrio
Um dos temas que marcou a atualidade desportiva no futebol nacional foi o bate-boca entre Sérgio Conceição e João Pedro Sousa após a segunda meia-final da Taça de Portugal.
“Eu também tive um bate-boca com o adjunto do Arouca há pouco tempo, faz parte do jogo. Não me vou alongar, porque não vi o jogo. Às vezes é difícil segurar o stress. Não é uma imagem bonita, mas até na melhor liga do mundo, o Klopp foi fazer a festa perante um árbitro”, atirou.
E numa perspetiva de equilíbrio, foi também questionada sobre um eventual aumento salarial de Nuno Santos.
“Em relação aumentos tem de se ver qual a base que ele partiu. Temos de nos recordar que tivemos de lutar por outro clube com ele. O Inácio e o Bragança partiram de uma base diferente. Não estamos a ser injustos com ele. Vamos atualizando, o Pedro Gonçalves foi o melhor marcador e com uma base mais pequena que o Nuno Santos. Vamos vendo, porque acredito que o equilíbrio do grupo é em todos aspetos”, concluiu.