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A “boa oportunidade” dada pelo presidente arsenalista, António Salvador, “foi conseguida com muito trabalho” e é “um orgulho e uma responsabilidade” que o técnico acolheu com “coragem e sem medo”, disse o próprio, que foi promovido do comando da equipa de sub-23 dos minhotos para substituir Artur Jorge, que rumou aos brasileiros do Botafogo.
Independentemente do que alcançar, Rui Duarte não continuará à frente da equipa na próxima época – o cargo será ocupado por Daniel Sousa, precisamente o atual técnico do Arouca -, mas o treinador não vê isso como fator desmotivador.
“Vejo como uma oportunidade, não estou minimamente fragilizado, nem condicionado. Vejo como um sinal de que confiam em mim, de que se trabalha bem na formação do SC Braga. Queremos dar continuidade ao que se estava a fazer e pensar menos em mim e muito mais no coletivo”, disse na conferência de imprensa de antevisão da receção ao Arouca.
Daniel Sousa foi anunciado, na quarta-feira, como técnico dos arsenalistas a partir da próxima temporada e Rui Duarte, apesar de admitir que é uma situação que não lhe passa ao lado, preferiu virar o foco para a importância de “continuar a ganhar”.
Rui Duarte disse ainda não se sentir desiludido por não ter sido a primeira escolha para a próxima temporada.
“Compreendo as decisões. O meu caminho será feito nestes sete jogos e, no fim, vamos analisar. Espero poder ajudar a equipa, essa é a minha principal missão. Depois destes sete jogos, muita coisa pode acontecer. O Abel (Ferreira) começou com um jogo, em Alvalade, o Artur (Jorge) com cinco jogos e voltou à formação e fez um trabalho fantástico depois. Mas, não estou nada preocupado comigo, só com o jogo de amanhã (sábado)”, salientou.
O técnico admitiu não ter falado com Artur Jorge, a quem desejou “boa sorte”, mas elogiou o “trabalho incrível” que fez à frente da equipa.
“A vida segue. Encontrei um grupo incrível, com uma qualidade tremenda, com valores e princípios, muito focado em conseguir o objetivo proposto, muito habituado à alta roda do futebol e que nos acolheu muito bem”, referiu.
Questionado sobre se tem como objetivo ser, a médio prazo, efetivamente o treinador da equipa principal do SC Braga, Rui Duarte foi perentório: “Obviamente que sim".
"Chegar a este patamar de um clube incrível, só quem está cá dentro é que percebe a grandeza. A identidade que se cria desde a formação até aqui é uma coisa incrível”, assinalou.
Rui Duarte não quis dizer se o objetivo passa por chegar ao terceiro lugar, ocupado pelo FC Porto, com dois pontos de vantagem sobre os arsenalistas, que são quartos colocados da Liga Portugal.
“O nosso foco é este jogo. É um cliché, mas é verdade. Tivemos três dias (para preparar o jogo), muita informação e nem deu para olhar para a tabela. Mas, somos extremamente ambiciosos e queremos continuar a ganhar. Estou aqui não para pôr a minha ideia em prática, mas para pôr a equipa a ganhar”, afirmou.
Rui Duarte disse querer acrescentar o seu cunho pessoal, mas sem mudar muito, porque “a equipa vem numa boa dinâmica de vitórias, está confiante e agressiva no bom sentido”.
Ainda assim, referiu que quer ver a equipa mais equilibrada defensivamente: “Vamos continuar a marcar muitos golos, mas queremos evitar golos na nossa baliza. Há que saber defender e ter gosto em defender, em não sofrer golos, e esse envolvimento dos jogadores cria-se”.
Adrián Marín, lesionado, fica de fora do duelo com o Arouca, enquanto Borja e Paulo Oliveira estão ainda em dúvida. Já o capitão Ricardo Horta está recuperado e disponível para o jogo.
SC Braga, quarto classificado, com 56 pontos, e Arouca, sétimo, com 37, defrontam-se a partir das 18:00 de sábado, no Estádio Municipal de Braga, em jogo que será arbitrado por João Gonçalves, da Associação de Futebol do Porto.