Sérgio Conceição defende Taremi e avisa rivais: “Aqui ninguém desiste”

Sérgio Conceição falou aos jornalistas
Sérgio Conceição falou aos jornalistasFC Porto

O treinador do FC Porto fez a antevisão ao embate com o Estrela da Amadora, a contar para a 22.ª jornada da Liga. Abordou a situação de Taremi e regressou ao jogo em Arouca, negando que o grupo tenha tido falta de atitude.

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Estrela da Amadora: "Acho que em termos de se reforçar, foi a equipa onde ouve mais entradas de jogadores. Alguns que entraram diretamente na equipa, outros no decorrer do jogo. Na dinâmica não muda muito os princípios, mas tem agora características diferentes que podem ter uma outra nuance diferente. Não há jogos fácies no campeonato e cave-nos a nos fazer o máximo para conquistar os três pontos”.

Título: “Está mais difícil, mas não é impossível. Aqui ninguém desiste. Entrámos na Luz (na época passada) se perdêssemos ficaríamos a 13 pontos, saímos de lá a sete, acabamos a dois e com um jogo mal perdido da nossa parte com o Gil Vicente. O trabalho diário, o foco e a ambição é a mesma. As coisas estão mais difíceis, estamos conscientes, mas vamos lutar até ao fim”.

Arouca: “Foi o jogo com mais intensidade tivemos. Não estivemos tão bem no nosso momento defensivo, tem a ver com o processo ofensivo também. A forma como atacamos, em ataque organizado, na primeira ou segunda fase de construção em que temos de perceber que há passes que não podem errar. A atitude dos jogadores não mudou nada. Quando eu era jogador tinha 15 que pertenciam à formação do FC Porto e que percebiam de uma forma mais fácil o que este clube, a cidade, a região, a ambição e exigência. Agora é mais difícil. Não quer dizer que os jogadores não tiveram a mesma dedicação. Não entramos da melhor forma por mérito do Arouca. Faltou discernimento com bola e isso faria com que nos não sofrêssemos tanto na transição. Foi uma série de situações que não tivemos bem. Empatámos aos 8 minutos e tivemos 3 ou 4 ocasiões para ficar por cima. O Arouca faz quatro remate e três golos. Foi um jogo muito bem conseguido da parte deles e menos conseguido nosso. É futebol, há perder empatar e ganhar. Perder e empatar não serve para nós, nunca serve. Crise é corrupção desportiva, salários em atraso, violência nos estádios. Isso é que crise. Somos a única portuguesa na Liga dos Campeões, estamos muito atrás dos outros e vamos lutar até ao fim, e ainda estamos nos quartos da Taça. Só uma equipa que ganhou um título este ano: o SC Braga. No final fazemos contas”.

Taremi: “Não faço parte do aeroporto. Aqui não basta ter contrato, é sentir o clube. Ele sentiu o clube, há que ter respeito pelo jogador, porque ele tem respeito do clube. Estamos a falar de um estrangeiro que está no top 3, tem mais golos que o Hulk e com menos jogo, só o Jardel e o Jackson Martínez têm mais. As pessoas parecem esquecer as centenas de golos que gritaram e assistências que fez. Ele tem respeito pelo clube, trabalha com afinco, fez uma viagem não dormiu a noite toda e estava disponível ir para Arouca e ter minutos. Não há ninguém quem sente o clube mais que eu e se eu sentisse que um jogador não estava comprometido, podia chamar-se Maradona, não tinha hipótese nenhum. O Taremi trabalhar da forma que trabalha faz parte doas minhas opções. Eu não emprenho pelos ouvidos. Eu amo o FC Porto. O FC Porto paga-lhe bem. Há que ter respeito e ele teve sempre respeito pelo clube. É um profissional de corpo inteiro. Houve alguns jogadores que saíram e trabalharam de forma fantástica até ao último dia, foram exemplares. Estamos perante alguém que vai acabar contrato e é um grandíssimo profissional”:

Regresso do Taremi ao onze: “Pode dar tudo aquilo que conhecem. Depende da estratégia, da forma como jogarmos, qual vai ser o modelo adequado. Posso-vos dizer que amanhã não vai ser titular. E tudo o que eu disse não é tentar justificar a utilização de início”.

Alan Varela: “Está com um problema nos gémeos, vamos ver. Já não posso ser tão convicto”.

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Culpa do treinador: "Eu sinto que posso trabalhar de forma diferente para que não aconteçam situações dentro do jogo que nos metam em dificuldades. Há erros que cometemos que são não forçados e é difícil o treinado trabalhar. Depois há outras situações mais estratégicas que eu devia alertar ainda mais. Daí a minha culpa, sou o líder".

Estado anímico: "Eles percebem que não estamos num bom momento. Não é normal empatar em casa com o Rio Ave apesar do bom jogo que foi visível a toda a gente, mas não conseguimos meter a bola dentro. Em Arouca podíamos ter dado outra resposta. A vontade é grande que chegue amanhã a hora de jogo para dar resposta, com o apoio de toda a gente. Já fizemos coisas muito interessantes esta época e precisamos desse verdadeiro apoio para que aos 90+8 minutos, não vou dizer mais porque há aqueles processos, que sejam mais-valia, que exista um sprint para fazer ou salvar um golo. A forma de trabalhar está lá. É um grupo jovem, mas que quer muito vencer".

Ciclo de jogos: “Lembro-me das primeiras conferências que fiz, há sete anos. Estava em permanente teste e vou continuar. Gosto destes testes, da pressão, não gosto de perder nem de empatar. Gosto destes ciclos difíceis, representamos o FC Porto é normal. Cada empate é um desastre. Estamos preocupados com o Estrela, como joga com o Rodrigo Pinho, como é que o Aloísio e o Leo Cordeiro pressionam. Fala-se pouco de futebol em Portugal”.

Desnorte da equipa: “Os rapazes estão a fazer o que pedi, seja um lance no final da primeira parte ou no início. Se calhar no meu tempo mandávamos o treinador e metíamos a bola na área. Nós só no Norte, não do desnorte. É um lance utilizado para dizer que havia algum desnorte, não há, há trabalho e que é posto em prática”.

Ironia nas declarações: “Eu perante o outro treinador não percebi nada daquilo que se estava a passar. Se percebesse as coisas tinham acontecido de outra forma. As minhas opções não foram sempre acertadas ao longo de sete anos. Naquele momento, naquele jogo específico, nessas situações. É a minha forma de expressar. Não sou a melhor pessoa para falar bonito”.