Recorde as principais incidências da partida
Em dia de reflexão, Rio Ave e SC Braga não cumpriram as promessas de que este podia ser um dos jogos mais interessantes da jornada 25 da Liga Portugal.

Não que tivesse sido um mau jogo, mas quando faltam os golos, ainda que Banza tenha feito, muito provavelmente, o melhor da sua carreira, fica sempre a faltar qualquer coisa. Meras promessas que não passaram disso, ainda que a partida tenha sido os seus momentos.
Nas sondagens, o SC Braga era favorito, mas se as últimas legislativas já tinham mostrado que essas percentagens não são sinónimo de resultados práticos, a boa entrada do Rio Ave, que tinha empatado nos Arcos com o Sporting, provou que a partida ia ser equilibrada desde o apito inicial.
Com o meio-campo reforçado para receber um SC Braga a subir nos grafismos mas ainda no quarto lugar, a equipa de Luís Freire conseguiu quase sempre controlar as iniciativas arsenalistas.
A única exceção teve em Banza o responsável do costume. Quase o rosto principal do partido bracarense, o congolês criou a jogada pela esquerda para o espanhol Abel Ruiz acertar em cheio no poste da baliza de Jhonatan (26 minutos). Caso os dois avançados tivessem invertido os papéis e o relato deste momento podia ter sido bem diferente.
Certo é que, mesmo com os cargos trocados, a equipa de Artur Jorge começou nessa altura a assumir o jogo, prometendo uma segunda parte bem mais interessante do ponto de vista ofensivo. Exceção feita ao momento de Banza, mais uma promessa ficou por terra.

Nem a Climáximo era capaz de interferir nesta obra de arte
Se o primeiro tempo não foi brilhante, a segunda parte não foi assim tão diferente. Houve mais iniciativa bracarense, como foi acontecendo durante o primeiro tempo, mas pouca objetividade ofensiva.
O Rio Ave foi anulando os pontos fortes do SC Braga, com Roger Fernandes algo inibido e Banza a lutar praticamente sozinho, e ainda tentou ameaçar a baliza de Matheus Magalhães de livre direto.
No entanto, o melhor lance da partida acabou mesmo por ser o do golo... anulado.
Aos 63 minutos, um pontapé longo de Matheus iniciou jogada de ataque bracarense que chegou ao lado direito. Desde aí, o jovem Roger Fernandes tirou um cruzamento praticamente perfeito para Banza brilhar e, em fim de semana de homenagem a Akira Toriyama, criador do Dragon Ball, fez um movimento digno dos melhores animes para, de bicicleta, colocar o SC Braga em vantagem.
Um momento de arte digno do Louvre que acabou por ser apagado depois de o VAR detetar um fora de jogo do próprio Banza no início da jogada. Fábio Veríssimo recorreu ao áudio para explicar aos adeptos o motivo para invalidar o lance e deixar tudo na mesma.
Numa espécie de ato de protesto, o SC Braga praticamente desapareceu do jogo depois desse momento e foi o Rio Ave a tentar passar à frente nas intenções de vitória. Boateng (87') e João Teixeira (90') não passaram por Matheus Magalhães, que acabou por ganhar a eleição para o melhor em campo para segurar um nulo com pouco significado para as duas equipas, ainda que Jhonatan, aos 90'+6, tenha evitado o golo de Zalazar com uma defesa junto ao poste.
Melhor em campo Flashscore: Matheus Magalhães (SC Braga)
