Vermelho do Vitória estendeu passadeira encarnada: Benfica goleia V. Guimarães (4-0)
Recorde as incidências da partida
Jogo 500 no Estádio da Luz, jogo 100 de Bruno Varela, formado no Benfica, na baliza do Vitória de Guimarães.
Em relação ao onze do Benfica, como seria expectável, Roger Schmidt manteve a confiança em Samuel Soares na baliza, apostando nas novidades a meio-campo e no ataque: João Neves surgiu no lugar de Florentino e Musa foi titular, com Arthur Cabral no banco. Bernat, o último reforço dos encarnados, ficou na bancada, com Aursnes novamente adaptado à esquerda.
Já do lado do Vitória de Guimarães, o treinador Paulo Turra, no segundo jogo no comando técnico dos minhotos, apostou em Miguel Maga e Dani Silva nos lugares que pertenciam a Bruno Gaspar, que nem no banco figurou, e Tomás Handel.
O jogo começou praticamente com o primeiro aviso de Jota Silva, logo aos 30 segundos, surgindo pela esquerda e rematando ao lado da baliza do Benfica.
Aos seis minutos a resposta dos encarnados, com Otamendi a isolar Di María que, na cara de Bruno Varela, tentou o chapéu, que ficou demasiado curto e fácil para o guarda-redes segurar.
Aos oito foi Tiago Silva, após perda de bola de Di María, a isolar Jota Silva, que rematou ao poste, num lance em que o auxiliar levantou a bandeirola mas o árbitro mandou seguir, uma vez que a bola ficou na posse do Benfica.
Infelicidade, parte 1
Uma vez mais os encarnados responderam de pronto e, desta feita, de forma efetiva. Contra-ataque rápido, Rafa a servir Di María que, do lado direito, cruzou de trivela para Jorge Fernandes, na tentativa de cortar a bola que iria para Musa, desviou, de cabeça, para a própria baliza, colocando o Benfica na frente logo aos 11 minutos.
Aos 16 minutos foi João Mário a desmarcar Musa que, descaído para a esquerda, encheu o pé canhoto mas disparou ao lado da baliza do Vitória.
Infelicidade, parte 2
Aos 18 minutos, a vida do Vitória ficou ainda pior, quando João Mendes teve uma entrada despropositada, de pé alto, atingindo Otamendi. Nuno Almeida não teve dúvidas e mostrou o cartão vermelho direto ao médio dos minhotos.
Aos 33 minutos João Mário travou um duelo, frente a frente, com Bruno Varela, ganho pelo guarda-redes, antes do médio do Benfica iniciar a jogada do 2-0. João Mário recuperou a bola, serviu Rafa no flanco que, de pronto, assistiu Di María. O argentino, dentro da área, só teve de encostar para fazer o segundo golo dos encarnados.
Aos 36 minutos, de muito longe, André Silva tentou dar um pontapé na supremacia encarnada. Sem direção, sem lógica, sem qualquer ameaça para Samuel Soares.
Aos 43 minutos quase o 3-0, com um cruzamento perfeito de Bah para um corte crucial de Villanueva, que tinha Rafa nas costas preparado para encostar.
No quarto dos cinco minutos de compensação, Jota Silva tentou mais um remate de longe, contra António Silva.
A estreia aguardada
Haveria, porém, tempo para mais... um golo. E para o Benfica. Primeiro Musa a rematar para defesa de Bruno Varela para canto que, batido por Di María, resultou no 3-0, de Kokçu: Rafa abriu para Di María e o argentino deixou a bola para a entrada de Kokçu que, de primeira, rematou colocadíssimo para fazer o primeiro golo com a camisola do Benfica.
Nem deu para sentar
Para a segunda parte Paulo Turra tirou Miguel Maga e Tiago Silva, para lançar Zé Carlos e Tomás Handel. Porém, antes que se pudesse perceber a mudança do 5x4x0 para o 4x4x1 nos minhotos, antes que os adeptos pudessem ocupar devidamente os seus lugares na bancada, já o Benfica dilatava o marcador. Trabalho de Rafa, passe para João Mário, remate para defesa de Bruno Varela e, na recarga, Aursnes a rematar contra a relva, fazendo a bola sobrevoar a concorrência, fazendo o 4-0 aos 46 minutos.
Aos 51 minutos o mesmo Aursnes não marcou mas deu a marcar, servindo Musa para um remate que embateu na barra. Aos 54', de meia distância, foi João Neves a ficar perto do golo, antes de Bruno Varela voltar a brilhar, aos 57', negando a mão cheia ao Benfica, no remate de João Mário.
Aos 59' Paulo Turra voltou a mexer, tirando André Silva para lançar Nélson da Luz que, no minuto a seguir, arrancou um amarelo a Otamendi.
Uma estreia na Liga
O Benfica era dono e senhor do jogo e, aos 65 minutos, Roger Schmidt promoveu a estreia de João Victor no campeonato português, colocando o brasileiro no lugar de Bah, já amarelado, além de David Neres por João Mário. Mudou também Paulo Turra, aos 70 minutos, retirando Jota Silva para lançar Safira.
Um susto para acordar
O ritmo baixava, também devido às substituições mas, sobretudo, devido à diferença no resultado. E foi aos 76 minutos que Nélson da Luz, numa jogada confusa, com João Victor a embrulhar-se com Otamendi, colocou a bola dentro da baliza, num lance que seria anulado por mão na bola do extremo do Vitória.
O Estádio da Luz parece ter sentido o susto, voltaram a ouvir-se os adeptos do Benfica - até aí os adeptos do Vitória, lá no topo, no terceiro anel, entoavam cânticos bem audíveis - e voltou a mexer Roger Schmidt, lançando os brasileiros Arthur Cabral e Morato por Musa e Otamendi. Ao mesmo tempo, André André entrou no Vitória, sob assobios e sorrisos do médio ex-FC Porto, substituindo Villanueva.
Ao minuto 90, a derradeira alteração, com António Silva, que envergava a braçadeira de capitão, a dar o lugar a Tomás Araújo, e com Aursnes a liderar a companhia encarnada para os seis minutos de compensação.
Afinal (não) havia outro
Aos 90+3 minutos ainda houve um livre perigoso para Di María bater mas para defesa fácil, a sexta, de Bruno Varela e, aos 90+5', para um penálti assinalado por Nuno Almeida, por mão na bola de Afonso Freitas após cruzamento de Di María. O árbitro foi chamado pelo VAR, reviu as imagens, anulou a grande penalidade e deu bola ao solo, quando os jogadores do Benfica queriam canto, após o tal corte de Afonso Freitas.
Foram quatro, podiam ter sido mais, num jogo que ficou condicionado pelo auto-golo de Jorge Fernandes, aos 11', e sobretudo pelo vermelho direto de João Mendes, aos 18'.
Homem do jogo Flashscore: Aursnes (Benfica)
