"É evidente que em França eu era melhor no desporto do que na gestão. Não era suficientemente bom na política em França", disse o proprietário do Lyon numa entrevista à TV Globo, no sábado.
Textor fez as declarações em Filadélfia, onde assistiu à eliminação do Botafogo - outro clube de que é proprietário - nos oitavos de final do Mundial de Clubes, depois de perder por 1-0 no prolongamento contra o Palmeiras.
Botafogo e Lyon fazem parte do grupo Eagle Football, de propriedade de Textor, que também inclui o clube belga Molenbeek. O magnata anunciou recentemente a venda da sua participação no Crystal Palace, clube da Premier League.
"Vou passar mais tempo a concentrar-me na Eagle a nível mundial (...) Tenho alguns parceiros muito bons dentro do grupo que vão tomar a iniciativa de resolver os problemas que, francamente, não tenho sido capaz de gerir bem" em França, acrescentou o homem que comprou o Lyon a Jean-Michel Aulas no final de 2022.
Na terça-feira passada, o clube francês foi despromovido pela Direção Nacional de Controlo de Gestão (DNCC) por desequilíbrios nas suas contas, apesar de ter terminado em sexto lugar na Ligue 1 e de se ter qualificado para a Liga Europa da próxima época.
Na sequência da decisão de despromoção ao segundo escalão do futebol francês, a equipa anunciou um recurso.
Na sexta-feira, o Olympique Lyon disse ter validado o seu processo de viabilidade financeira junto da UEFA, um passo que lhe permitirá jogar na Liga Europa, desde que o clube consiga manter-se na Ligue 1 depois de recorrer da sanção imposta pelo DNCG.
"Acabámos de vender o Crystal Palace, por isso é evidente que não temos dificuldades financeiras. Nunca tivemos tanto dinheiro", insistiu o empresário americano, que também se declarou "muito orgulhoso" do desempenho do Lyon em campo.
"A equipa foi despromovida (na primeira volta da época 2023-2024), não jogava na Liga Europa há muito tempo e recuperou-a dois anos seguidos", sublinhou.