Em 2025, Ruan encontra um novo e melhor momento no Cuiabá, estando perto de dar ao Dourado mais um título do Campeonato Mato-Grossense. Depois de vencer o Primavera, fora de casa, por 1-2, no jogo da primeira mão da final, o Cuiabá precisa apenas de um empate para se sagrar campeão novamente. O jogo da segunda mão está marcado para o próximo sábado.
"Hoje sinto-me muito bem, a 100%. As lesões ficaram para trás e quero aproveitar da melhor forma este momento que estou a viver. O Cuiabá deu-me esta oportunidade, temos feito um grande campeonato estadual e espero coroar tudo isto com o título", contou, em entrevista exclusiva ao Flashscore.

Ruan continua vinculado ao Metropolitano-SC, que o cedeu novamente por empréstimo este ano, desta vez ao clube do Centro-Oeste brasileiro. O seu contrato com o Dourado, para já, vai até ao final do Campeonato Estadual.
O Campeonato Mato-Grossense serve como preparação para a temporada, em que o Cuiabá irá disputar a Série B, depois de ter sido despromovido do Brasileirão em 2024.
Continuidade e confiança
Ruan tem tudo para ser uma peça importante na equipa na luta pelo regresso à elite do futebol brasileiro em 2026, sobretudo se conseguir manter a regularidade que não teve nos últimos meses. Até ao momento, em oito partidas, o médio marcou dois golos e fez quatro assistências.
"Todo o jogador precisa de continuidade e aqui tenho conseguido. Pude ajudar com golos, assistências e sinto-me muito bem. Sabemos o quão longo é o ano, depois temos a Série B, então é terminar bem o Estadual, conquistar este título e depois já começar a pensar no objetivo da subida à Série A", afirmou.
"Todos me receberam muito bem, consegui atingir rapidamente um bom nível físico, o que me permitiu estrear-me e ganhar oportunidades. A estrutura do clube é excelente, o plantel é muito bom e agora chegou uma nova equipa técnica, muito experiente, que nos tem transmitido muita confiança", acrescentou.

Lesões trouxeram aprendizagem
Apesar de viver um novo momento, Ruan dificilmente esquecerá o longo período em que esteve afastado dos relvados devido a lesões no joelho, que o obrigaram a passar por quatro cirurgias e a enfrentar mais de 1.200 dias sem poder jogar oficialmente.
"É difícil dizer qual foi a lesão mais grave, cada uma teve a sua história, aconteceram em momentos diferentes. São coisas a que estamos sujeitos, e o mais importante foi ter sempre uma mentalidade forte para superar esses momentos e hoje estar bem".
"Consegui recuperar da última dentro do prazo, mas acabei por não ser utilizado no final do ano pelo Corinthians, também devido à situação do clube. Tanto que este ano, assim que cheguei ao Cuiabá, já estava pronto para jogar. Mantive sempre o foco nas recuperações e a cabeça no lugar".
"Há momentos mais complicados, mas temos de nos agarrar à fé, à família, ao staff e aos profissionais dos clubes para conseguirmos dar a volta por cima. Nestes períodos difíceis, aprendemos muito e evoluímos, tanto como homens como atletas", admitiu.