Aos 36 anos, Maya Yoshida rumou aos Estados Unidos depois de uma longa carreira no futebol europeu, onde passou por Venlo, Southampton, Sampdoria e Schalke. A mudança para Los Angeles podia significar um ocaso mais sossegado, mas nada disso.
Com 41 jogos, o japonês foi o jogador com mais jogos dos Los Angeles Galaxy, a equipa que conquistou a MLS. Um esforço que foi recompensado com um corte salarial.
Dos jogadores utilizados pelos Galaxy na final, Yoshida era o único cujo vínculo terminou em 2024. E a renovação para 2025 aconteceu na pior altura, porque a equipa teve de passar contar com mais 1 milhão de dólares (966 mil euros) no tecto salarial de 5,95 milhões de dólares (5,75 milhões de euros) após os contratos de Dejan Joveljic e Gabriel Pec terem ultrapassado os 22 anos de idade (que confere condições especiais aos contratos).
A pré-temporada acabou por ser animada em Los Angeles. Will Kuntz trocou Jalen neal, Marco Delgado, Gastón Brugman (o melhor jogador da final) e Joveljic para as contas baterem certo. E mesmo assim, Yoshida vai ter de baixar significativamente o salário de 800 mil dólares (773 mil euros) para continuar nos Galaxy.
“É injusto, para ser honesto. Sou campeão e recebo menos. Toda a gente sabe que isto não devia acontecer”, atirou ao LA Times, deixando uma crítica à liga: “Nos outros desportos – basquetebol, basebol, futebol americano – não há competição do exterior, mas no futebol é diferente. Os jogadores vão para onde têm o melhor contrato, é por isso que o Médio Oriente é famoso agora e a China era há cinco anos. O capitalismo funciona assim e eu pensava que a América era capitalista”.
