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O craque argentino de 37 anos já deixou claro que pretende reformar-se em Miami e o Inter suspira porque quer estender a permanência até pelo menos 2026, quando o clube vai inaugurar o seu novo estádio e recebe o Campeonato do Mundo da FIFA na América do Norte.
Leo Messi, por enquanto, está prepara-se para 10 meses de competição, com emblema de Miami entre os favoritos para vencer a MLS, a Taça dos Campeões da CONCACAF e a Taça das Ligas. Até ao meio do ano, La Pulga deve ser uma das grandes atrações do novo Campeonato do Mundo de Clubes, que começará em Miami.
Eleito o MVP da temporada passada, o avançado argentino continua a ter um desempenho excecional nos Estados Unidos, mas o legado desta última fase da carreira lendária não ficará completo se não levar o Inter ao topo da MLS.
"Ele realmente mudou as regras do jogo para a nossa liga e o nosso desporto, fazendo com que fôssemos reconhecidos em todo o mundo", reconheceu o comissário da MLS, Don Garber, na quarta-feira, falando sobre o oito vezes vencedor da Bola de Ouro no lançamento da nova série de minidocumentários Onside.
"Depende do Leo e do Inter Miami. Honestamente, não tenho ideia de como isso vai acontecer", disse Garber sobre a continuidade de Messi, que tem sido a referência absoluta da competição desde que desembarcou em meados de 2023.
"Nada é de graça"
Na última temporada, Messi e os eternos parceiros Luis Suárez, Sergio Busquets e Jordi Alba dominaram a fase regular com mão de ferro para bater o recorde de pontos. Nos playoffs, no entanto, caíram na primeira ronda contra o Atlanta United, numa das maiores surpresas da história da liga.
"Tínhamos batido o recorde de pontos, mas o futebol não é sobre prémios, é sobre o que se faz em campo. Fomos a melhor equipa durante toda a época regular, mas tínhamos de o provar contra Atlanta e não o fizemos. Temos de aprender com isso e lembrar que ninguém nos dá nada de graça", reconheceu Suárez.
A esse fracasso seguiu-se a saída do treinador Gerardo Martino e a sua substituição por Javier Mascherano, outra figura muito familiar a Messi, com quem disputou centenas de jogos pelo Barcelona e pela seleção albiceleste.
"Mercado ainda está aberto"
Jordi Alba recordou na sexta-feira que, durante os tempos nos blaugrana, já "dava para ver que (Mascherano) ia ser treinador".
"Não imaginava que ele fosse treinar-me, mas já via que tinha carácter e personalidade. É uma pessoa muito séria. Como jogador, talvez não tenha sido tão vistoso como outros, mas para mim foi fundamental para a equipa", comentou o lateral.
Na primeira experiência no comando de um clube, Mascherano tem o desafio de gerir fisicamente os "quatro fantásticos", todos com idades entre 35 e 38 anos, apoiados por um plantel que perdeu dois jogadores importantes com a saída do talentoso médio Diego Gómez e do avançado equatoriano Leonardo Campana.
O plantel, composto quase exclusivamente por jogadores latino-americanos, conta com os argentinos Tadeo Allende e Gonzalo Luján e o venezuelano Telasco Segovia, ex-Casa Pia, mas ainda se espera uma contratação de peso antes do Mundial de Clubes.
"O mercado está aberto por mais um tempo e acho que mais um ou dois reforços chegarão", previu Mascherano na sexta-feira.
O treinador não revelou os planos para a equipa que vai defrontar em casa o New York City F.C. na jornada de abertura da temporada da MLS.
Messi e o resto da equipa titular vêm de uma vitória por 1-0 sobre o Sporting Kansas City na primeira ronda da Taça dos Campeões em condições de frio intenso na quarta-feira e, na terça-feira, devem sentenciar essa eliminatória.