“Gostaríamos de endereçar as nossas felicitações à União Desportiva do Songo (UDS) pela conquista inequívoca do Moçambola, a cinco jornadas do fim deste campeonato”, disse em Tete, centro de Moçambique, durante as celebrações do 18.º aniversário da reversão da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) a favor do Estado moçambicano.
O chefe de Estado moçambicano disse ainda que os feitos da União Desportiva do Songo representam uma obra que só pode ser alcançada por “grandes talentos”, referindo que nos últimos dois a três campeonatos do Moçambola o vencedor só era conhecido no final das jornadas, mas a UDS mudou esse rumo.
A formação desportiva garantiu a 27 de novembro, matematicamente, o quarto título, ao somar mais 19 pontos do que os Black Bulls, do treinador português Hélder Duarte, que não foi além de um empate (2-2) na passada quarta-feira, frente ao Ferroviário de Lichinga, neste caso num jogo da 22.ª jornada.
A vitória levou a festa, de novo, à vila do Songo, na província de Tete, junto à barragem de Cahora Bassa, uma das maiores em África, tal como já tinha acontecido nos títulos nacionais conquistados em 2017, 2018 e 2022.
A época de 2025 do Moçambola ficou marcada por sucessivos reajustes do calendário e pela suspensão da competição, por problemas logísticos e financeiros. O arranque do campeonato, inicialmente previsto para 26 de março, chegou a mesmo a ser adiado para 17 de maio.
A competição de 2025, com 14 equipas, sofreu depois vários reveses, chegando a ser suspensa por duas semanas, em 10 de julho, por indisponibilidade da companhia estatal LAM em assegurar o transporte aéreo das equipas por falta de pagamento dos clubes, alegando dívidas de 100 milhões de meticais (cerca de 1,3 milhões de euros) desde 2024.
Atualmente, há várias equipas com alguns jogos em atraso devido à interrupção da competição e ao cancelamento de jogos, essencialmente por falta de transportes.