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Matmut retira-se do naming do estádio principal do Bordéus

O Matmut Atlantique em setembro passado durante um jogo da Nationale 2
O Matmut Atlantique em setembro passado durante um jogo da Nationale 2ROMAIN PERROCHEAU/AFP
O contrato de naming que liga o grupo Matmut ao estádio principal de Bordéus desde 2015, que não tem clube profissional desde que o clube foi despromovido aos escalões inferiores do futebol francês, terminará em julho de 2025, anunciou esta quinta-feira a empresa de seguros.

O contrato não será renovado, principalmente devido à "ausência de visibilidade recorrente significativa", que "não permitiu a elaboração de um novo acordo satisfatório", declarou Matmut à AFP, confirmando uma notícia do jornal Sud Ouest.

O fim deste contrato de naming, que rendia cerca de dois milhões de euros por ano, veio acrescentar uma nova dificuldade financeira aos gestores deste estádio propriedade da cidade de Bordéus.

Em setembro, as rendas pagas pelo Girondins de Bordeaux, que foi colocado em administração judicial e despromovido à Nationale 2 (4.ª divisão), já tinham caído de 4,7 milhões de euros por ano para algumas dezenas de milhares de euros em despesas técnicas por jogo.

O estádio, com capacidade para 42.000 espectadores, foi construído em 2016, com um custo de 310 milhões de euros, no âmbito de uma parceria público-privada. A autoridade metropolitana de Bordéus é responsável pelo seu reembolso até 2045. No verão de 2023, a SBA, empresa que explora o estádio e que é uma filial dos grupos de construção Vinci e Fayat, estimava perder entre "dois e três milhões de euros" por ano.

Contactada pela AFP, a SBA não quis comentar o anúncio do Matmut e não houve reação imediata da cidade.