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Abel admite "pressão quente" no Paulistão e revela que prefere relvado natural

O Verdão de Abel está por um fio no Paulistão
O Verdão de Abel está por um fio no PaulistãoCesar Greco/Palmeiras
Após a suada vitória do Palmeiras sobre o Botafogo-SP, o técnico Abel Ferreira revelou a pressão pela possível eliminação precoce e comentou sobre a polémica do relvado sintético.

“A pressão estava forte, devido ao contexto, aos resultados e pelo mérito dos nossos adversários", disse o treinador alviverde na conferência de imprensa no Allianz Parque, após a vitória do Palmeiras sobre o Botafogo-SP.

“Na minha opinião, o Palmeiras não está a fazendo um campeonato extraordinário, mas está a fazer um campeonato bem satisfatório", acrescentou.

Com 20 pontos no Grupo D, o Verdão não depende apenas de si na última jornada para se apurar. A equipa precisa de vencer o Mirassol fora de casa e torcer por um deslize da Ponte Preta contra o Bragantino, em Campinas.

“Temos no sangue a vontade de vencer novamente, mas estamos numa situação em que podemos ficar de fora e temos de aceitar", comentou Abel.

Preferência pelo natural

O treinador português também comentou sobre o manifesto dos jogadores contra o relvado sintético.

"Desculpem-me, mas se a UEFA viesse cá fazer o que a FIFA faz para regulamentar os sintéticos, aqui no Brasil apenas um passaria. Se me perguntam, eu gosto de tudo natural, o natural é o que eu mais gosto", respondeu.

No sintético, o Verdão passou pelo Botafogo e segue vivo no Estadual
No sintético, o Verdão passou pelo Botafogo e segue vivo no EstadualSE Palmeiras

“Sabem quantas vezes joguei no Maracanã? Um dos estádios mais míticos a nível mundial. Sabem quantas vezes lá joguei? Umas quatro, cinco vezes. Sabem quantas vezes o relvado estava mediano? Zero. Joguei lá uma vez com o relvado mais ou menos, sabem quando? Na final da Libertadores, quando a Conmebol disse 'vamos parar isto, precisamos de um mês para recuperar o relvado'", revelou Abel Ferreira.

"O problema das lesões não é o sintético. O que acontece no sintético é que, em termos de articulação, os jogadores sofrem mais, mas ele é uniforme, não tem buracos. Não se trata de sintético ou natural, mas sim de competência, qualidade e rigor", explicou.

Os clubes estão a optar pelos sintéticos porque não há condições para um relvado natural suportar a quantidade de jogos que há aqui no Brasil, é impossível. Como pode um relvado natural do Maracanã aguentar jogos do Vasco, Fluminense e Flamengo? É impossível. Eu preferia ir lá jogar e ter um relvado sintético", finalizou Abel.