"Não é ataque contra nenhum clube que usa o sintético. O nosso ponto é totalmente técnico, porque é outro desporto", afirmou o médio, depois de São Paulo 1-2 Ponte Preta no Morumbi.
“A nossa luta é por um relvado natural bom. Muitos jogadores aderiram à campanha, porque é muito claro, eu nunca vi um jogador a favor de um relvado sintético", acrescentou.
“Vi muita gente a dizer que 'é melhor jogar no sintético do que num mau relvado natural'. Mas o ponto é esse. Não podemos tapar o sol com a peneira. Não é porque o relvado é ruim que temos de colocar sintético", explanou Lucas.
"Eu jogo no sintético, mas evito ao máximo. É óbvio que é clássico, jogo decisivo, eu tenho contrato, tenho que lutar pelo meu clube, mas se eu puder, eu prefiro não jogar. Toda a gente que joga futebol sabe da diferença", disse.
“Vi muita gente falando que garante maior recuperação. Não é. Não é por acaso que as maiores ligas do mundo não usam. Pelo tamanho do nosso futebol, não podemos permitir relva sintética. Eu espero que esse movimento faça diferença. Senão, daqui a pouco todos os relvados serão sintéticos, e onde vamos parar?", continuou.
“Se queremos referência, com a qualidade que existe, não podemos permitir que o sintético vire normal no nosso futebol, principalmente na Série A", concluiu Lucas.
O atacante Calleri fez coro ao seu companheiro de São Paulo: "Toda a gente vê que no sintético o futebol é outro, quando arrancas, parece que trava. Quem é mais velho, como eu, Lucas, começa a sentir mais o joelho, os tornozelos. Não cravas a chuteira, pisas como se fosse no chão", disse o argentino.
A opinião de Calleri é também compartilhada pelo sindicato dos jogadores dos Países Baixos.
Diversos astros do futebol brasileiro postaram uma mensagem conjunta contra o sintético na terça-feira, reacendendo o debate sobre o tema.