O avançado do Wolves, Matheus Cunha, emergiu como um dos principais alvos do Manchester United na última semana, numa altura em que Amorim procura curar o seu ataque desdentado, composto por Joshua Zirkzee e Rasmus Hojlund, que simplesmente não têm capacidade para jogar na frente. Apesar de Cunha ter marcado 16 golos em 31 jogos pelo Wolves esta época, Shearer diz que isso não é suficiente.
"Ele não faria a diferença para o Man United - eles vão precisar de mais seis ou sete jogadores além disso", disse Shearer à Betfair: "Ele é apenas um dos jogadores, se é que isso vai acontecer, mas sim, eu percebo e compreendo. A razão pela qual ele assinou uma renovação de contrato com o Wolves foi para que eles se pudessem livrar da cláusula de rescisão e receber algum dinheiro decente por ele. O United vai precisar de mais do que ele, mas será uma adição bem-vinda, sem dúvida"
Cunha tem uma cláusula de rescisão de 70 milhões de euros no contrato com o Wolves e o Mail Sport informa que o United está a trabalhar para chegar a acordo sobre os termos pessoais esta semana. Shearer acredita que o internacional brasileiro tem muito talento, apesar da sua tendência para ser um rebelde.
"Não sei quanto é que vão ter de pagar por ele. Suspeito que seja uma quantia bastante alta. Se ele tem talento? Sem dúvida. É um pouco rebelde? Sim, mas é o que acontece com a maioria dos bons jogadores - têm um lado que pode não agradar a algumas pessoas. É preciso dar a volta a isso e geri-lo de formas diferentes. Basta olhar para os melhores jogadores de sempre do United, como Eric Cantona ou George Best - não estou a comparar, mas a maioria dos grandes jogadores tem algo de especial. Eu era igual, meti-me em uma ou duas lutas na minha carreira, mas é o que acontece. É preciso ter uma vantagem", atirou.
Com as regras financeiras em vigor, o United teria de angariar muito dinheiro para contratar Cunha, mas jogadores como Marcus Rashford, Jadon Sancho, Antony, Casemiro e Alejandro Garnacho poderiam ser vendidos este verão para ajudar a financiar a contratação de Cunha.