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Amorim vai defrontar o treinador do Everton, David Moyes, no sábado, enquanto este tenta tirar o United do seu declínio chocante. O ex-treinador do Sporting somou apenas quatro vitórias e oito derrotas na Premier League desde que substituiu Erik ten Hag em novembro.
Moyes, que foi demitido pelo United em 2014 após menos de uma época no comando, já igualou o total de vitórias de Amorim em apenas seis jogos da liga desde que regressou ao Everton em janeiro.
O Everton, em 14º lugar, está acima do 15º classificado United na tabela, antes do último encontro de sempre entre os clubes em Goodison Park, antes de os Toffees se mudarem para um novo estádio na próxima época.
Questionado sobre a razão pela qual o Everton melhorou a sua sorte com um novo treinador, ao contrário do United, Amorim disse: "É simples. David Moyes está a fazer um trabalho melhor do que o meu. É muito simples".
"E depois, pequenas coisas como ganhar um jogo, ganhar dois jogos, essa convicção. A pressão também não é a mesma. Não sei, mas acho que temos de dar mérito aos jogadores do Everton e, especialmente, ao treinador do Everton e é tudo. Temos de fazer o mesmo".
Foi uma admissão franca de Amorim, que já reconheceu anteriormente que Ten Hag e o treinador interino do United, Ruud van Nistelrooy, atualmente no comando do Leicester, fizeram melhor do que ele em Old Trafford esta época.
Moyes foi demitido pelo United após apenas 10 meses no cargo, na sequência de uma derrota por 2-0 com o Everton, e uma derrota este fim de semana aumentaria a pressão sobre Amorim, cuja abordagem terá deixado alguns jogadores pouco convencidos.
"Não sinto isso nos treinos. Se virmos os nossos jogos, por vezes podemos ter essa sensação, mas não estou preocupado com isso. Se eles não estão convencidos, eu não sinto isso. A minha função é fazê-los mudar de ideias e sou muito bom nisso", disse Amorim.
O técnico português insiste que não se arrepende de ter aceitado um trabalho que inicialmente preferia esperar até ao verão, permitindo-lhe terminar a temporada com o Sporting e começar de novo.
"Acho que isso é claro, é senso comum, quando se começa uma época é completamente diferente", afirmou.
"Temos tempo para pensar nas coisas, para sentir os jogadores, para fazer a pré-época, para mudar coisas que achamos que são necessárias numa equipa, num plantel. Isso é claro", disse.
"Foi essa a escolha, por isso não quero falar assim. Tinha as minhas razões para o pedir e tenho as razões mais importantes para aceitar o cargo. Sabia que ia ser difícil e que corria riscos. Sei disso, mas é o Manchester United e não se pode dizer que não".
Questionado se alguma vez se questionou sobre se tinha tomado a decisão correta, respondeu: "Não. Tomamos uma decisão e vamos até ao fim. Claro que, por vezes, é muito frustrante".
