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Amorim não deixa que o desastre de Rashford o distraia do desafio no United

A forma de Marcus Rashford caiu a pique nos últimos 18 meses
A forma de Marcus Rashford caiu a pique nos últimos 18 mesesJustin Setterfield / Getty Images via AFP
Ruben Amorim insistiu que sabe o que está a fazer, numa altura em que o treinador do Manchester United tenta reanimar o gigante inglês, no meio de uma polémica sobre o futuro de Marcus Rashford. O técnico português participou na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Wolves, do recém-contratado Vítor Pereira, na quinta-feira, no Boxing Day.

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Amorim tem vivido uma montanha-russa desde que sucedeu ao despedido Erik ten Hag em Old Trafford. O United conseguiu uma vitória tardia sobre o rival local Manchester City, mas acabou por perder por 0-3, em casa, com o Bournemouth no fim de semana passado, depois de ter sido derrotado pelo Tottenham nos quartos de final da Taça da Liga por 4-3 a meio da semana.

Rashford ficou de fora dos três jogos, com o jogador de 27 anos, produto das camadas jovens do United, a parecer agora cada vez mais suscetível de deixar Old Trafford. O internacional inglês, em dificuldades, alimentou a especulação sobre o seu próprio futuro ao dizer que estava "pronto para um novo desafio" numa entrevista a meio da semana.

Mas Amorim, antes do jogo do Boxing Day contra o Wolves, disse que nada tinha mudado do seu ponto de vista.

"Situação normal. Quando sentir que é o momento certo, mudarei alguma coisa. Até lá, continuarei a pensar no que é melhor para a equipa. Falo com ele (Rashford) todos os dias. Não sobre a entrevista, mas sobre o desempenho. Falei com muitos jogadores - individualmente, durante o treino - e estou a tentar fazer as coisas... Estou a fazer as coisas à minha maneira. E é a única forma que conheço. Se não o fizer, vou perder-me e não me vou perder. Sei o que estou a fazer", vincou.

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Amorim acrescentou que Rashford "quer jogar, está a tentar", mas "a decisão é minha, só minha", antes de questionar as escolhas da comitiva  de Rashford depois do jogo com o Bournemouth, quando Gary Neville disse que a saída do avançado parecia um "final inevitável".

O antigo capitão do United considerou também que se tratava de uma "distração para o treinador" - algo que Amorim negou na terça-feira.

"Não Nem para mim, nem para os outros jogadores, porque toda a gente está lá todos os dias durante os treinos, por isso compreendem e esse é o ponto-chave. Para os meios de comunicação social e para as outras pessoas, não posso controlar isso. Mas estou muito concentrado e eles sabem, sou muito claro na minha mensagem, todos em Carrington sabem do que estou a falar, o que quero do Marcus e de todos os outros. Por isso, não é uma distração para nós. Talvez seja para os media, mas isso não me diz respeito", insistiu.

"Responsabilidade"

Questionado sobre o que mais gostaria de ver de Rashford, Amorim respondeu: "Como qualquer outro jogador, o melhor que ele pode ser".

"Se tivermos grandes talentos, grandes desempenhos, grandes responsabilidades, grandes compromissos, isso impulsiona toda a gente neste momento. E alguns jogadores têm uma grande responsabilidade, porque estão cá há muito tempo", continuou.

O United ocupa a 13.ª posição da tabela antes do jogo de quinta-feira contra uma equipa orientada pelo compatriota de Amorim, Vítor Pereira, que vai disputar o seu primeiro jogo no Molineux, depois de ter conduzido o Wolves a uma vitória por 0-3 sobre o Leicester.

"Compreendo que é um momento difícil e que a responsabilidade recai sobre mim. Desde o primeiro dia em que cheguei, a responsabilidade recai sobre mim... Só temos de pensar em melhorar, compreender o contexto e não nos concentrarmos no que aconteceu no passado", finalizou o técnico português.