Aos 33 anos, e na sua terceira época com os Red Devils, o antigo jogador do Real Madrid poderá conquistar um terceiro título com o clube de Old Trafford, depois de ter vencido a Taça da Liga Inglesa em 2023 e a Taça de Inglaterra na época passada.
A conquista da Liga Europa na quarta-feira, em San Mamés, se o Real Madrid derrotar o Tottenham, pode ser vista como um feito menor para um jogador que somou cinco títulos da Liga dos Campeões ao seu palmarés nos Blancos, mas com a forma como a época se desenrolou para o clube e para si próprio, e com o novo papel que assumiu na equipa, o sucesso em Bilbau devolveria Casemiro à nobreza do futebol mundial.
Regresso ao Brasil?
Porque a sua passagem pelo clube mancuniano não foi, até agora, tão feliz como se esperava. Entre lesões, o baixo nível geral da equipa, uma posição deslocada para o centro da defesa em vez do seu papel tradicional de médio defensivo... parecia que os melhores anos do paulista tinham ficado definitivamente para trás.
Mas as exibições nos últimos meses, especialmente desde a chegada do treinador português em novembro, trouxeram-no de volta à ribalta, ao ponto de o seu nome estar a ser fortemente cotado para fazer parte do primeiro plantel do novo treinador brasileiro Carlo Ancelotti, que foi seu treinador no Real Madrid.
"Quando se trata de um treinador desta grandeza, desta magnitude, queremos voltar à seleção nacional, queremos estar na seleção nacional, com grandes pessoas do futebol. Ele (Ancelotti) está entre os três melhores treinadores que tive na minha carreira, para mim é uma honra tê-lo", comemorou Casemiro na semana passada, em entrevista à Telemundo Deportes.
"É uma grande decisão, no futebol não é 100% que vamos ganhar o Mundial, que vamos ganhar o próximo jogo, mas ter pessoas assim é muito importante", acrescentou o médio, que poderá voltar a vestir a camisola amarela pela primeira vez desde outubro de 2023.

Casemiro, que forma um meio-campo de pedra ao lado do uruguaio Manuel Ugarte, foi mais uma vez um muro de betão, um jogador tão capaz de recuperar bolas nas imediações da sua própria área como de fazer perigosas incursões ofensivas, e sempre pronto a fazer estragos em lances de bola parada.
O Athletic, vítima do United e de Casemiro nas meias-finais, é prova disso, com o brasileiro a marcar dois golos, um na primeira mão e outro na segunda.
Tudo isto enquanto exercia a liderança num balneário cada vez mais cheio de jovens que não puderam viver grandes experiências a nível europeu nos últimos anos.
"A forma como tenho de ser um líder é dar o exemplo, nos treinos, dar o exemplo de fazer sempre melhor, estar no ginásio antes e depois dos treinos, dar tudo em campo, fazer as coisas bem", disse à Telemundo Deportes.
"Desde o primeiro dia, quando pus os pés no aeroporto de Manchester, senti-me em casa, senti-me muito bem", confessou Casemiro há meses, numa entrevista aos meios de comunicação oficiais do United. "Só quero agradecer a todos o carinho e o apoio e quero retribuir em campo", acrescentou.
Na quarta-feira, em San Mamés, terá a oportunidade de o fazer.