O argentino prossegue uma ascensão que começou no River Plate e passou por uma etapa no Manchester City antes de rumar aos Rojiblancos.
Números impressionantes
Já em 2025/26, Alvarez soma 11 golos e seis assistências por clube e seleção em 23 jogos disputados em todas as competições.
Desde 2018/19, os seus registos de 66 golos e 24 assistências em 154 partidas de LaLiga como titular são especialmente notáveis, tendo em conta o número de vezes que teve de atuar como suplente de Erling Haaland no lado azul de Manchester.

Os números tornam-se ainda mais impressionantes ao incluir as competições nacionais de taça (29G, 17A em 69 jogos), competições internacionais (33G, 14A em 72 jogos) e partidas pela Argentina (19G, 7A em 78 jogos).
Quando o Atleti desembolsou 92 milhões de euros (mais bónus) pelo seu passe, foi uma aposta cara, mas a forma como se adaptou rapidamente a um estilo de jogo mais físico e exigente é digna de elogio.
Quer como avançado principal, jogando ao lado de Alexander Sorloth numa dupla de estilos contrastantes, ou em sintonia com Antoine Griezmann, o pequeno número 19 quase não perdeu ritmo.
Talvez por isso já haja clubes atentos à sua situação.
Chelsea prepara oferta de 150 milhões de euros
O Barcelona é apontado como admirador de longa data do jogador e seguir os passos do compatriota Lionel Messi seria certamente uma tentação para Alvarez.
No entanto, os problemas financeiros dos catalães são bem conhecidos, e é pouco provável que uma transferência para o Camp Nou aconteça em breve, se é que irá acontecer.

Relatos recentes indicam que o Chelsea, vencedor do Mundial de Clubes, pretende avançar para a contratação do avançado com uma proposta na ordem dos 150 milhões de euros no próximo verão.
Ao que tudo indica, o clube londrino irá recorrer ao colega de seleção e vice-capitão do Chelsea, Enzo Fernández, para convencer Alvarez a regressar à Premier League.
Oito avançados já em Stamford Bridge
O que não está claro nesta fase é se o Atleti tem intenção de vender, embora um valor recorde em Inglaterra – 150 milhões de euros equivalem a cerca de 132 milhões de libras – possa ser bastante apelativo para os espanhóis.
Mesmo com os valores das transferências a subir exponencialmente ano após ano, dificilmente receberiam uma oferta tão elevada no futuro, e esse montante permitiria reforçar outras áreas do plantel.
Do ponto de vista do Chelsea, o clube já conta com Liam Delap, João Pedro, Pedro Neto, Estêvão, Marc Guiu, Alejandro Garnacho, Jamie Gittens e Tyrique George para ocupar as posições do ataque.
Assumindo que Enzo Maresca mantém o trio ofensivo, já há cinco jogadores encostados ao banco mesmo antes de Alvarez entrar nas contas.
Continuidade é fundamental
Há alguma razão para os Blues fazerem uma limpeza no plantel, algo que tem acontecido desde que a Clearlake assumiu o clube após Roman Abramovich.
No entanto, se os proprietários pretendem realmente que o clube seja vencedor habitual dos maiores troféus nacionais e europeus, é essencial garantir ao treinador um grupo estável e não um plantel constantemente desmantelado a cada janela de transferências.
Há uma sensação clara de que os jogadores do clube são meras peças num jogo maior fora das quatro linhas, e isso não favorece qualquer tipo de continuidade.

A tabela da Premier League mostra que a equipa principal está a corresponder, ocupando atualmente o terceiro lugar.
Contudo, analisando com mais atenção, percebe-se que se os resultados não forem favoráveis, qualquer clube desde o Crystal Palace, em 10.º, pode ultrapassá-los com uma vitória. O Everton, que está em 13.º, está apenas a cinco pontos de distância.
Nunca digas nunca
Alvarez seria, naturalmente, uma mais-valia para qualquer equipa e é perfeitamente compreensível o interesse do Chelsea em levá-lo para a capital.
É preciso ponderar muito bem se esta é a abordagem certa, e depois se é o movimento adequado, não apenas uma contratação porque o Chelsea pode mostrar poder financeiro.

Alvarez oferece golos, assistências e criatividade, mas João Pedro, por exemplo, também. Pode jogar atrás do avançado, mas Pedro Neto igualmente. Consegue recuar para receber e ultrapassar adversários com facilidade, mas Liam Delap também tem essa capacidade.
No fim, a decisão final será sempre do próprio jogador, e o facto de recusar falar à imprensa sobre transferências, especialmente numa época de Mundial, diz muito.
No futebol, nunca se pode dizer nunca, e ainda há muito tempo para que esta transferência seja negociada de forma a satisfazer todas as partes envolvidas.

