O Manchester United continua a ser um clube pronto, disposto e aparentemente capaz de fazer negócios neste verão, uma vez que Ruben Amorim procura transformar o seu plantel numa equipa que foi uma das últimas da época passada a candidata aos lugares europeus.
Mais uma longa e difícil temporada para Amorim?
É certamente uma tarefa difícil e, se os Red Devils não começarem a trabalhar a todo o vapor, o caminho poderá ser mais longo e complicado.
No entanto, o treinador português sempre afirmou que, com os jogadores certos, a sua equipa pode chegar longe. No entanto, um desses jogadores não será Jadon Sancho.
Depois de ser emprestado por uma temporada ao Chelsea em 2024/25, parecia que Stamford Bridge seria a sua nova casa definitiva.
Apenas três golos e quatro assistências em 33 jogos depois, os Blues, talvez compreensivelmente, decidiram que o jogador de 25 anos era desnecessário e pagaram 7 milhões de euros para o mandar de volta para Manchester, em vez de o contratarem permanentemente.
A impressionante queda de Sancho
É uma queda em desgraça para um jogador que custou aos Red Devils uns impressionantes 85 milhões de euros no verão de 2021.
O que é interessante também é que os números de Sancho mostram que, na verdade, ele não tem sido tão mau como muitos pensam.
Por exemplo, a sua precisão de passe de 85,2% foi uma das melhores de todo o plantel do Chelsea na época passada. A título de comparação, Cole Palmer só conseguiu 77%.

A precisão de remate de 66,7% é mais do que razoável, mesmo que seja possível melhorar a sua taxa de conversão de remates de 12,5%.
Talvez a área em que desiludiu, e que pode ser a razão pela qual tanto o Manchester United como o Chelsea torceram o nariz à sua presença no plantel, foi a sua falta de sentido coletivo e aplicação defensiva.
Perder seis dos 13 desarmes tentados não é suficiente, nem tão pouco tentar apenas essa quantidade em mais de 30 jogos. É um jogador que não está disposto a envolver-se ou a "suar a camisola". O mesmo se pode dizer de apenas duas interceções nesse período.
Juventus pode vir em socorro do Manchester United
No entanto, a Juventus pode estar prestes a ajudar Amorim.
De acordo com vários relatos da imprensa italiana, a Velha Senhora reacendeu o interesse do ano passado e, desta vez, tem um trunfo na mão..
Tanto Dusan Vlahovic como Douglas Luiz podem fazer parte de qualquer tática de negociação e, dado que os contratos de Sancho e Vlahovic terminam dentro de um ano, faz sentido que ambos os clubes - e jogadores - tentem chegar a um acordo.
As credenciais do sérvio também são impressionantes.
Com 15 golos e quatro assistências em 40 jogos, Vlahovic lideriu a lista de goleadores dos Bianconeri, ficando a apenas uma assistência de Khephren Thuram, que fez cinco.
A estatura e o faro de golo de Vlahovic mostram que está pronto para a Premier League e, com todo o respeito, é mais móvel do que os atuais titulares do Manchester United, Rasmus Hojlund e Joshua Zirkzee, que dececionaram ao longo da temporada 24/25.

Os quatro golos de Hojlund no campeonato e os três de Zirkzee (ambos em 32 jogos disputados) são números que não pertencem a nenhuma equipa da Premier League, por muito mal que o coletivo esteja a jogar.
Se a possível contratação de Vlahovic levaria à saída de um ou dos dois avançados, é um ponto discutível no momento, embora seja difícil ver o trio ser titular caso Vlahovic se transfira para o Teatro dos Sonhos.
Douglas Luiz também é uma opção interessante.
Vlahovic e Douglas Luiz têm muito a provar
No Aston Villa, o brasileiro era o homem que fazia as coisas funcionar, que agarrava os jogos com unhas e dentes e colocava toda a gente ao seu nível.
No entanto, na Juventus, não é ninguém. Uma paródia do seu antigo eu. Um jogador que nunca foi capaz de deixar a sua marca no clube, apesar dos seus esforços.
Uma assistência (num amigável) em 27 jogos disputados, dos quais apenas sete - incluindo o amigável - foram como titular, é um indicador claro de como o nível do jogador de 27 anos caiu.

No entanto, não se pode negar a sua óbvia competitividade no meio de campo, algo de que o United tem sentido muita falta ultimamente.
34 recuperações de bola, nove desarmes bem-sucedidos em 15 tentados e a vitória na grande maioria dos duelos um para um em que participou são um sinal de que o fogo da competitividade está longe de se apagar.
Isso sem falar nos impressionantes 90,4% de acerto de passes a partir do meio-campo ofensivo.
Sancho, Vlahovic e Douglas Luiz precisam de mudar de vida, por isso todas estas mexidas podem fazer sentido num futuro próximo.
