Os Spurs são tradicionalmente vistos como os maiores rivais dos Hammers pelos adeptos e, por isso, é praticamente garantida uma casa cheia no Estádio de Londres.
Thomas Frank quer imitar Ardiles e Sherwood
Enquanto Graham Potter está sob pressão para conseguir uma vitória e silenciar os pedidos de demissão por mais uma semana, Thomas Frank tentará tornar-se apenas o terceiro técnico do Tottenham na Premier League a vencer os dois primeiros jogos fora de casa na primeira divisão, depois de Ossie Ardiles em 1993/94 e Tim Sherwood em 2013/14
A sua defesa terá de estar atenta a Jarrod Bowen, internacional inglês e capitão do West Ham, uma vez que o avançado participou em nove golos nos seus últimos nove jogos e continua a ser o porta-estandarte dos londrinos.
As 13 participações em golos (nove golos e quatro assistências) desde o seu primeiro jogo sob o comando de Potter só foram superadas por Mo Salah (15), do Liverpool, no mesmo período.
Bowen também marcou para os Irons no último jogo contra os londrinos do norte, igualando o golo de Wilson Odobert no Estádio de Londres - um dos três jogos em que os Spurs permaneceram invictos contra o West Ham, numa série que remonta a dezembro de 2023, quando os golos de Bowen e James Ward-Prowse anularam o de Cristian Romero para dar aos Hammers uma vitória vital por 1-2 fora de casa.
Sem vitórias em casa para os Hammers desde março
Ganhar os jogos em casa é, no mínimo, um pré-requisito para qualquer equipa de topo, mas os homens de Potter não vencem em casa desde 10 de março contra o Newcastle, o que torna este jogo ainda mais importante para o treinador e para os jogadores.
O outro problema para o treinador de 50 anos é que os Hammers também só venceram jogos consecutivos na Premier League, uma vez desde que David Moyes deixou o clube.
O Tottenham, que foi derrotado pelo Bournemouth no último jogo e que interrompeu o início animador de Thomas Frank no clube, certamente levará o jogo para os anfitriões, e como se viu quando o Chelsea fez exatamente isso recentemente, a defesa do West Ham desmoronou.
A favor dos Hammers está o facto de os Spurs só terem vencido três dos seus últimos 23 jogos contra equipas não promovidas, perdendo 17 e empatando três, enquanto o seu registo recente em dérbis londrinos é assustador: perderam 10 dos seus últimos 16 (3 vitórias, 3 empates) e só mantiveram uma baliza limpa nos últimos 21 (contra um Brentford gerido por Frank).
Regresso de Kudus é garantia de fogo de artifício
O regresso de Mohammed Kudus ao clube que deixou no verão deve acender o rastilho em termos de ambiente, e os adeptos da casa saberão exatamente a ameaça que o ganês representa.
Dominic Solanke deve estar apto, assim como Yves Bissouma, embora este último tenha caído em desgraça e possa não ser utilizado.
Com Randal Kolo-Muani e Xavi Simons a poderem estrear-se em algum momento do jogo, a equipa do Tottenham poderá entrar em campo com um aspeto diferente.
Frank precisará de todos os seus jogadores a todo o gás, já que os londrinos do norte não venceram nas suas últimas cinco visitas ao Estádio de Londres (3 empates, 2 derrotas). Desde novembro de 2019, quando José Mourinho estava no comando, que os Spurs não saem do leste de Londres com os três pontos.
Pressão sobre Potter continua
No entanto, o West Ham também tem uma história recente nesta partida contra si, já que só venceu o Tottenham uma vez nos últimos sete jogos em casa ou fora (3 empates, 3 derrotas).
A lesão de Niclas Fullkrug significa que Callum Wilson deverá ter a oportunidade de liderar a equipa anfitriã e, à exceção de Luis Guilherme (ombro), Potter não tem outras preocupações.
Tudo o que não seja uma vitória em casa torna a vida complicada para o treinador dos Hammers que, atualmente, tem uma percentagem de vitórias (27,3%) pior do que qualquer outro treinador no clube desde 2014/15.
Incluindo Julen Lopetegui (31,8%) - afastado do cargo após 22 jogos, o mesmo número que Potter antes do jogo com os Spurs - e Sam Allardyce (30,8%).
A direção do West Ham não parece estar preocupada com a reação dos adeptos, embora Potter tenha de compreender que o pêndulo tem de mudar rapidamente para uma direção mais positiva.
Se o clube perder novamente este sábado, poderá voltar a ficar entre os três últimos classificados no final desta jornada, enquanto o adversário consolidará o seu lugar entre os quatro primeiros.
A diferença atual entre estes dois gigantes londrinos não poderia ser mais acentuada.
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