A equipa de Pep Guardiola continua a pressionar o Arsenal após um triunfo surpreendentemente tranquilo por 3-0 na Premier League frente ao Crystal Palace em Selhurst Park, graças aos golos de Erling Haaland e Phil Foden.
Foi o avançado norueguês a inaugurar o marcador mesmo antes do intervalo, ao corresponder da melhor forma a um cruzamento perfeito de Matheus Nunes, depois de o médio/lateral-direito ter encontrado espaço e tempo na ala.
Foden também deixou a sua marca ao minuto 69. Rayan Cherki ultrapassou Adam Wharton e continuou a avançar antes de servir Foden com um passe subtil; o inglês escolheu o seu canto e não deu hipóteses a Dean Henderson.
O terceiro e último golo do City surgiu da marca de grande penalidade. O Palace tinha colocado toda a equipa no ataque quando a bola sobrou para Savinho, que avançou sem oposição em direção a Henderson, sendo derrubado pelo guarda-redes ao tentar contorná-lo.
À primeira vista, a decisão pareceu algo rigorosa, mas foi correta, e Haaland encarregou-se de fechar o resultado.
Plantel do City está a assumir-se
Demoraram algum tempo a carburar, mas o City volta a apresentar-se como uma equipa coesa. No início da época, a dependência de Haaland era evidente, mas agora, jogadores como Foden e, em particular, Cherki estão a assumir protagonismo.
Foden é o caso mais evidente, mesmo que Guardiola não tenha ficado totalmente satisfeito com a sua exibição. O internacional inglês atravessa o melhor momento da carreira, com seis golos e uma assistência nos últimos cinco jogos em todas as competições, tornando-se cada vez mais difícil para Thomas Tuchel ignorá-lo.
Quanto a Cherki, está a revelar-se uma verdadeira pechincha a cada partida. Lê o jogo de forma excecional e já começa a construir uma relação especial com Foden e Haaland. Não atuam como um trio ofensivo tradicional, mas podem muito bem ser o melhor da Liga neste momento.
Daniel Muñoz faz muita falta
O ala-direito só deverá regressar à competição em meados de janeiro, depois de ter sofrido uma lesão no joelho antes da vitória por 2-1 na Premier League frente ao Fulham, no início de dezembro, e o Palace sentiu bastante a sua ausência neste jogo.
Munoz tem sido, provavelmente, o melhor jogador da equipa esta época, contribuindo tanto no ataque como na defesa. Soma três golos e duas assistências, sendo o segundo jogador mais produtivo em termos de golos, apenas atrás do avançado Jean-Philippe Mateta.
No capítulo defensivo, Munoz venceu 33 desarmes, 73 duelos e recuperou 54 bolas. Em suma, tem tudo, e não admira que alguns dos grandes clubes europeus estejam atentos. Nathaniel Clyne foi titular frente ao City; é uma lenda do Palace, mas não está ao nível de Munoz.
Arsenal tem razões para se preocupar
A vitória do City sobre o Palace talvez não fosse um grande problema se o Arsenal não tivesse precisado de dois autogolos para ultrapassar o último classificado, Wolverhampton, mas a verdade é que a situação é esta. A equipa de Guardiola recuperou a sua veia implacável e começa a parecer que já vimos este filme antes.
As lesões têm afetado o Arsenal, mas nem tudo é negativo, e haverá sempre jogos em que a equipa terá dificuldades; no fim, o que conta são os resultados. O calendário festivo do City é um pouco mais favorável, com jogos frente ao West Ham e ao Sunderland.
Mikel Arteta terá certamente assinalado o jogo frente ao Aston Villa a 30 de dezembro. O Arsenal não tem tido bons resultados recentes frente a este adversário e perder pontos pode ser fatal. Se conseguirem ultrapassar esse desafio sem sobressaltos, talvez o Arsenal possa começar a festejar.
