Nico Williams estava na lista do Arsenal desde o início da temporada e o próprio Andrea Berta identificou-o como um dos principais candidatos a reforçar o flanco esquerdo dos Gunners. A operação representaria um enorme compromisso financeiro — o extremo tornar-se-ia um dos jogadores mais bem pagos do plantel e a cláusula de rescisão, fixada em 50 milhões de libras (cerca de 59 milhões de euros), teria de ser paga de imediato.
O principal entrave sempre foi a falta de convicção quanto à real vontade do jogador em sair de Bilbao. Mesmo após várias conversas com Williams e com a sua equipa, o Arsenal continuava a sentir que o desejo do internacional espanhol em dar o salto não era claro.
Em maio, o clube londrino decidiu não avançar para a contratação. Uma decisão difícil, mas justificada pela preocupação em relação à lealdade do jogador para com o Athletic Club e ao aparente interesse em rumar ao Barcelona, um cenário que poderia complicar a abordagem do Arsenal ao mercado.
Agora, com Nico Williams a renovar contrato por dez temporadas e a garantir a continuidade em Bilbao, os Gunners encaram a situação com maior tranquilidade.
O Barcelona poderá sair prejudicado com esta decisão, depois de o Athletic Club e os representantes de Nico Williams terem exposto as dificuldades dos catalães ao nível do registo de jogadores.
Perante esse cenário, o Barcelona terá de explorar alternativas no mercado, com nomes como Luis Díaz e Marcus Rashford a surgirem como possíveis opções.
Por outro lado, a decisão de Williams de recuar e comprometer-se com o Athletic até 2035 não surpreendeu os responsáveis do Arsenal. Em Londres, sempre houve dúvidas sobre a real disponibilidade do extremo para abandonar o País Basco.
Gunners já têm outros alvos em vista
As próximas duas semanas prometem ser movimentadas no Emirates Stadium. O anúncio de Martin Zubimendi é iminente, com todos os detalhes do negócio já fechados. As negociações com o Valencia por Cristhian Mosquera continuam em curso.
Quanto a Rodrygo, do Real Madrid, o Arsenal aguarda pelo final do Mundial de Clubes para esclarecer a situação do internacional brasileiro. O clube londrino está otimista e acredita que poderá iniciar conversações assim que a competição terminar.
Outro nome em destaque é o de Eberechi Eze, que já manifestou o desejo de rumar ao Arsenal. O internacional inglês, atualmente no Crystal Palace, está disposto a escolher os Gunners como próximo destino, e o clube estuda a possibilidade de avançar por um valor inferior à cláusula de rescisão, mantendo o diálogo aberto.
Noni Madueke, extremo do Chelsea, também foi considerado como uma opção para reforçar o plantel.
Depois, há a questão do avançado-centro, que continua em cima da mesa e terá de ser resolvida se o Arsenal quiser contar com um novo número 9 antes do arranque da época, frente ao Manchester United.
O grande alvo era Benjamin Sesko, mas as negociações em torno do salário do esloveno revelaram-se complicadas nas conversas com o RB Leipzig, motivo pelo qual o nome de Viktor Gyökeres voltou a ganhar destaque nos últimos dias.
Andrea Berta começa agora a encarar Gyökeres como uma alternativa sólida a Sesko, ao mesmo tempo que volta a ser equacionada a possibilidade de contratar um avançado já habituado à Premier League, como Alexander Isak ou Ollie Watkins.
A sensação que fica é que algo especial está prestes a acontecer para o Arsenal neste verão, algo que talvez não tivesse sido possível caso o clube continuasse a insistir no sonho improvável de contratar Nico Williams.