Bruno Fernandes falou após a sua atuação com três golos na vitória da Liga Europa contra a Real Sociedad.
O médio português admitiu à TNT Sports que não é está a ser fácil Manchester United: "É óbvio que não é bom ouvir certas coisas. Acho que nenhum jogador gosta de ouvir críticas ou coisas que lhe dizem que não é suficientemente bom ou que lhe pagam demasiado ou o que quer que seja. Cada um tem o seu próprio contrato. O clube concorda em fazer os contratos na altura em que se chega aqui ou na altura em que se faz um novo contrato e o que interessa é provar que se pode ser importante para o clube."
Fernandes também abordou as críticas de Roy Keane, lenda do United, sobre a sua capacidade de liderança.
"Toda a gente tem uma opinião e isso é bom. Roy Keane foi um capitão fantástico para o clube - um dos melhores, como toda a gente diz. Ele é muito respeitado e tem todo o meu respeito. Ele tem de dar a sua opinião num programa e é isso que ele pensa de mim. O que faço em campo é tentar fazê-lo mudar de ideias ou tentar fazer algo que ele provavelmente considere positivo. Obviamente, faço-o à minha maneira. Não quero copiar ninguém. Tento ser o melhor capitão que posso para os meus companheiros de equipa. Tento ajudar toda a gente da melhor forma possível e da melhor forma que sei. Tenho muitas coisas a melhorar, não só como capitão, mas também como jogador, como pessoa, como ser humano e isso é ótimo. As críticas vão fazer sempre parte e vão fazer-me crescer e perceber que ainda há um longo caminho a percorrer".
O internacional português também reagiu às afirmações de especialistas na semana passada de que deveria deixar o United porque merecia mais do que a equipa está a oferecer.
"Não, eu mereço o mesmo que os meus colegas de equipa. Estou no mesmo barco que eles. Se ainda não dei tudo ao clube, ou mais do que isso, é porque não o mereço e ponto final", afirmou: "Não importa o que se faz - quanto se marca, quanto se assiste - isso não muda nada. O que importa é a equipa, o sucesso do clube. É óbvio que quero ganhar troféus. Não sou parvo. Quero estar nas maiores competições, quero lutar pelos grandes troféus. Foi o que eu disse ao clube. Foi isso que o clube me disse que queria fazer. Depois, é preciso que os jogadores entrem em campo e que o clube faça os investimentos necessários para trazer jogadores, levar jogadores ou o que quer que seja. Não me cabe a mim dizer quem é bom para vir - isso tem de ser o treinador e a direção. Eles é que têm de decidir. Só quero fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar o clube a ter sucesso."
Fernandes revelou depois como ponderou as suas opções antes de se comprometer com um novo contrato no ano passado.
"Sentei-me com o clube porque tinha uma proposta para sair e falámos sobre a possibilidade de eu sair do clube ou de ficar. Eles disseram-me o que queriam de mim. Só perguntei se me viam como parte do futuro do clube ou não. Na altura, falei também com o (Erik) Ten Hag. Ele foi muito claro e o clube foi muito claro comigo, dizendo que achavam que eu seria uma parte importante desta reconstrução. Ouvi o que eles tinham para me dizer. Achei que podíamos ser bem-sucedidos."