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Bruno Fernandes: "Se tivesse a oportunidade de jogar em Portugal, colocaria sempre o Sporting à frente de todos”

Bruno Fernandes cumpre 300 jogos oficiais pelo Manchester United
Bruno Fernandes cumpre 300 jogos oficiais pelo Manchester UnitedManchester United

Bruno Fernandes vai cumprir este sábado, diante do Brighton, o 300.º jogo oficial. Contratado ao Sporting, em janeiro de 2020, o médio português é agora capitão dos red devils. Em entrevista ao "The Athletic", Bruno Fernandes abordou a proposta do Al Hilal, o novo United com Ruben Amorim e o passado e ligação ao Sporting.

Proposta do Al Hilal: "Tenho visto muitas notícias. Muita gente a dizer que já tinha um acordo para sair na próxima época. Se o clube fez esse acordo, não foi comigo. Houve outros clubes que tentaram depois do Al Hilal, mas a minha resposta não mudaria- Também da Arábia. Da Europa, houve pessoas que falaram comigo, mas nunca chegámos ao ponto de haver uma oferta concreta. É bonito que as pessoas te queiram, mas é preciso pôr dinheiro em cima da mesa, senão o clube não me deixa sair."

Conversa com Cristiano Ronaldo: "Falei com ele sobre a situação, sobre a Arábia e tudo o resto. Não vou dizer o que ele me disse, mas conversámos sobre isso. O Cristiano deu a sua opinião sobre o que eu devia fazer. Com toda a experiência que tem, era importante para mim ouvir o que ele pensava. Mas, obviamente, a decisão caberia sempre a mim e ao clube.”

Conversa com Ruben Amorim: "O treinador falou comigo. Disse-me que eu continuava a fazer parte do projeto, que queria que eu ficasse. O clube disse o mesmo. Se o clube me tivesse dito: ‘Bruno, queremos vender-te, tens 30 anos, queremos fazer algum dinheiro’, eu teria dito: ‘Ok, tenho de encontrar uma solução e sair’. Mas não foi o caso. Eu continuava a fazer parte dos planos; podia ajudar o clube a atingir os seus objetivos. Foi isso que me fez ficar.”

Palavras do treinador: "O Al Hilal podia oferecer 80 a 100 milhões de libras. Depois falei com o treinador. Disse-lhe: ‘Olha, esta é a proposta que tenho. Tenho de pensar, se o clube disser que quer vender-me para reforçar o plantel, eu entendo’. Mas não foi o caso. O clube sempre me disse que queria reforçar a equipa. O treinador disse-me: ‘Queremos mais jogadores para te ajudar e tornarmo-nos uma equipa melhor, por isso não queremos que saias’."

Possível regresso ao Sporting: "Tenho uma grande ligação aos adeptos do Man. United, ao clube e também ao país. A minha família está bem adaptada. Temos saudades de casa, mas o meu objetivo não é voltar a jogar em Portugal. Mas se tivesse a oportunidade de jogar de novo em Portugal, colocaria sempre o Sporting à frente de todos.”

Fator financeiro: "O dinheiro é importante para toda a gente, mas não estou numa posição em que precise de o contar ou de me preocupar com o futuro, se fizer as coisas bem. Eu e a minha família não somos pessoas que gastam muito dinheiro. Gostamos de algum conforto e luxo, mas temos plena noção do futuro que queremos dar aos nossos filhos e de como queremos que cresçam. Viemos de famílias humildes. Nunca nos faltou comida, mas sabemos o que é a dificuldade. Quando terminar a carreira, só quero uma vida tranquila em casa, ir ao café com o meu pai, de vez em quando.”

Relação com Diogo Dalot: "Obviamente que temos rotinas diferentes, mas falamos muito. Com cada pessoa é diferente, cada um tem uma maneira diferente de descansar, recuperar e tudo mais."

Jogo 300 no Manchester United: "É um privilégio, uma honra. Quando era criança, só queria jogar futebol. Agora, ter a oportunidade de jogar 300 vezes por este clube é algo por que estou muito grato."

Disponibilidade para jogar: "Não sei, provavelmente tem a ver com a minha soneca. Sempre disse que é algo que os meus pais me deram. Através deles, do meu amor pelo futebol, a maneira como quero estar sempre disponível, quero jogar sempre."

Época do United: "Acho que estamos a crescer e queremos chegar perto de troféus. Queremos isso agora e amanhã, sabemos que estamos num momento em que precisamos de ir jogo a jogo. Acho que o mais importante para nós, como grupo de jogadores, entender que, se não vencermos a próxima partida, não estaremos mais perto do que queremos alcançar. Nos momentos certos, precisamos de vencer e, então, os grandes momentos vão chegar." 

Os números de Bruno Fernandes
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