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CEO do Brighton pede "compreensão" e "mão leve" a entidade reguladora britânica

Barber chegou ao Brighton em 2012
Barber chegou ao Brighton em 2012Action Images via Reuters / Andrew Couldridge
A proposta de criar uma entidade reguladora independente do futebol britânico não deve ser demasiado intrusiva, mas sim permitir que os clubes cresçam sem serem prejudicados pela burocracia, afirmou Paul Barber, diretor executivo do Brighton & Hove Albion, esta quarta-feira.

O projeto de lei foi apresentado no final do ano passado para criar uma entidade reguladora com poderes para combater proprietários e diretores desonestos, implementar um regime de licenciamento e monitorizar as finanças dos clubes.

No entanto, a Premier League, que conta com 20 equipas e é a divisão de futebol mais rica do mundo, manifestou a sua oposição a alguns elementos do projeto de lei, receando que a regulamentação ao estilo da banca possa impedir o crescimento.

"Queremos que os clubes de futebol cresçam, prosperem, se desenvolvam e criem mais empregos e mais oportunidades. O que não precisamos é de ficar atolados em mais burocracia", disse Barber aos jornalistas numa conferência dedicada às mulheres no futebol, no Estádio de Wembley.

"Por isso, é muito importante que o regulador seja leve e compreenda muito bem o que os clubes de futebol já estão a fazer em termos de manter um balanço saudável, manter um ambiente sustentável para que os seus funcionários continuem a ganhar a vida e a apoiar as comunidades, etc", acrescentou.

Barber, antigo executivo do banco Barclays, entrou para o Brighton em 2012 e ajudou o clube a subir da segunda divisão para a Premier League, onde ocupa o sétimo lugar na classificação. Também supervisionou o desenvolvimento da equipa feminina, que se juntou à primeira divisão inglesa (WSL) em 2018 e está atualmente em quinto lugar.

Estão em curso planos para a construção de um estádio especialmente concebido para a equipa feminina do Brighton, que, segundo Barber, será num local próximo do Estádio Amex, destinado à turma masculina. 

Sobre as notícias de que a despromoção da WSL deverá ser suspensa, Barber disse que é bom explorar qualquer forma de fazer crescer o futebol feminino.

"Ainda não debatemos o assunto como clube, por isso não posso dizer o que pensamos sobre isso. Parece-me certo que as ligas profissionais femininas analisem todos os caminhos para acelerar o crescimento da modalidade, e se isso significa que temos de dar aos proprietários um pouco mais de segurança para que eles invistam mais rapidamente, então temos de considerar isso", vincou.